Artigo - A realidade do combate ao crime das elites

11/1/2007
Fernando B. Pinheiro – escritório Fernando Pinheiro – Advogados

"Magnífico Editor, Em que pese o brilhantismo do meu dileto amigo Antônio Claudio Mariz de Oliveira, o seu artigo precisa ser visto de uma perspectiva histórica (Migalhas 1.572 – 11/1/07 – "O outro lado" – clique aqui). Há alguns muitos anos o particular não discutia com o Estado. Os atos do Estado eram os 'Atos do Príncipe', aquele que nunca erra. Naquele tempo, sofrer uma Execução Fiscal era uma vergonha! Com o passar dos anos, o particular passou, lentamente, a questionar os 'Atos do Príncipe'! Com 'Sir Ney' e Collor os particulares iniciaram uma verdadeira guerra contra os 'Príncipes' cuja violência foi aumentando dia a dia, de ambas as partes. Os particulares passaram a questionar todos os atos do 'Príncipe', numa tentativa de legítima defesa contra a sanha arrecadadora do Estado que, além de querer receber os impostos escorchantes, ainda mais aumentou os impostos tornando-os confiscatórios. E com isso os particulares passaram a não ter mais vergonha de dever ao Estado. Todavia, o 'Príncipe' para manter as suas mordomias, os mensalões, as doações sem sentido, precisou arrecadar mais e com mais violência, para impor o medo no particular. Hoje, as cobranças de impostos têm que ser feitas pela polícia. Ninguém mais respeita ninguém, até deixar de ser vergonhoso passar alguns dias atrás das grades. Quando essa escalada de violência entre o 'Príncipe' e os particulares vai terminar? Com a pena de morte a quem deixar de pagar impostos? Será que precisamos de um novo Robin Hood para enfrentar a sanha arrecadadora do ‘Príncipe’? Com os meus cumprimentos cordiais,"

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