Violência

11/1/2007
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Como negócio, que é o que parece ser, não sei se os Estados Unidos têm obtido bons resultados no Iraque. É claro que não é possível saber dos lucros obtidos pelas empresas norte-americanas com o petróleo iraquiano. Mas, para obtê-lo, parece que os custos têm sido muito altos e o desperdício de dinheiro muito grande. Talvez por ineficiência. Senão, vejamos: Os EUA gastaram, até agora, no Iraque, 400 bilhões de dólares. Desde o início da invasão do país, 50.000 iraquianos foram mortos, ou seja, um custo de US$ 800 mil por cabeça. Realmente, é muito caro. Ainda mais se observarmos que os 50.000 assassinados no Brasil, por ano, os custos são muito inferiores 'per capita'. Gastar US$ 800.000 para matar uma pessoa é um valor exorbitante em qualquer país do mundo. O crime organizado no Brasil, convenhamos, é muito mais eficiente nesse tópico. Os meliantes, no Brasil, param um ônibus, não deixam sair os passageiros e ateiam fogo no veículo, logrando matar 6/7 pessoas a custo zero praticamente. Por outro lado, para cada 16 iraquianos mortos, um soldado norte-americano morreu, o que também não parece uma boa marca. Aliás, essa marca é a mesma obtida pela polícia carioca que, para 16 prisões, mata uma pessoa. E não se pode dizer que nós sejamos mais eficientes do que os americanos nesse campo. Realmente, há muito a fazer, e a aprender com relação a matar civis, seja aqui, seja em qualquer outro país. Temos visto resultados mais satisfatórios, mais eficazes, em países menos desenvolvidos, como na África, na Bósnia ou em Kosovo."

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