Artigo - A realidade do combate ao crime das elites

15/1/2007
José Roberto Ferreira Militão - São Paulo

"Visando ilustrar com alguma suavidade essa questão dos 'crimes das elites' (Migalhas  1.572 – 11/1/07 – "O outro lado", Antônio Claudio Mariz de Oliveira – clique aqui)e bem a propósito da indignação da nobre classe com a crueldade da exposição pública de criminosos indiciados (quando presos por ordem judicial) e não meros 'suspeitos' (que são julgados e executados pelas serenas e prudentes PMs, o braço armado estatal) trago alguns versos do jornalista e chorão Luis Nassif (clique aqui)  publicado semana pp. vítima de um falso 'spam' forjado em seu nome sob o título de

 

'Elite Privilegiada:

 

Foi em novembro, enfim,

Pouco após as eleições

Que circulou um spam

Eivado de imperfeições

No começo, meio e fim.

Com dose de preconceito,

De arrogância e mal feito

Escrito sem muito jeito

Mas atribuído a mim.

 

Como a asa da graúna

Falava mal do nordeste

Terra de João Pernambuco

De Patativa do Agreste

Do choro que vem dos Turunas

Do frevo pernambucano

Do batuque afro-baiano

De Bomfim, o sergipano,

Dos sons do sertão e das dunas.

 

De quem era o palavreado?

Pus-me então a imaginar

Talvez o ectoplasma

De um rentista secular

Um dandy afrescalhado

Que nasceu escravocrata

Que abusava da mulata

Que gastou toda a prata

E terminou estropiado.

 

Ou então um senhor de engenho,

Sem fazenda e compostura

Guardando dos velhos tempos

A arrogância e a usura

E total falta de empenho

Para assuntos do trabalho,

Que sempre achou ato falho

Quem na vida dava o malho

Atrás da boa procura.

 

Lembrei do deslumbramento

Com que tratavam o Edemar

Sujeito esperto e tinhoso,

Um malandro secular.

De como era um tormento

Quando dava suas festanças

Ócio, deslumbre, gastança

Malandragem e lambança

De um tempo crepuscular.

 

A elite mega-store

Saia atrás do convite

Disputando a boca livre

Arroz de festa de extirpe

Como um penetra-mór

Edemar fez muito mais

Palácio nas marginais

Rei da elite, ex do cais,

Soberano do "offshore"

 

A elite deu Edemar

E os esquemas da Daslu

O povo deu dona Ivone

Maxixe, choro e lundu

E o poder de sonhar

Com uma terra irmã

Sem essa febre malsã

Que corrói o amanhã

Desse elitismo sem par.

 

Mas a elite eficiente

Prescinde da arrogância

É o empresário e o empregado,

Que buscam a relevância

A melhora permanente

Programas de qualidade,

Eficiência, lealdade,

Trabalho e brasilidade

Olhando sempre em frente.

 

Por isso, aqui, nessa hora

Solicito ajuda vossa

Para que espalhe o poema

Esclarecendo a quem possa

Que esse spam é uma desforra

Escrito baixo, rasteiro,

De quem não é brasileiro,

E passa o ano inteiro,

Querendo sempre ir à forra.

 

Por certo é leitor de "Veja",

Um viúvo da Daslu,

Que arrota camembert

Depois de comer angu.

E que o bom Deus o proteja

Pois sendo tão recalcado

Só consegue andar de lado

Falando mal do empregado

Por mesquinho que isso seja.

 

enviada por Luis Nassif'."

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