OAB recomenda

17/1/2007
Alexandre de Macedo Marques – OAB/SP 25.505

"Respeito a argumentação dos ilustres advogados mas acho-a parcial e desfocada do principal. A maioria dos alunos das faculdades não distinguidas pela OAB apresentam-se ao vestibular com péssima formação escolar e cultural. Digo péssima para não dizer nula. E o mau desempenho dessas escolas está ligada às facilidades que concedem aos seus vestibulandos, à nenhuma exigência no exame de admissão. Atrevo-me a dizer que a porta de entrada é livre e franca nessas escolas para quem apresentar a conclusão do ensino médio. Tem nota diferente de zero tem boa chance de ser classificado. Se houvesse um mínimo de vontade para se chegar à verdade era só dar a público a média dos 30 primeiros classificados no vestibular dessas faculdades. Ou analisar o nível das questões propostas. Por uma questão de meritocracia os postulantes às escolas de Direito - e o mesmo nos demais cursos superiores -melhor preparados ocupam as vagas das melhores escolas. Seu preparo escolar e cultural leva a um melhor aproveitamento e conseqüente resultado na OAB. É meritório o desempenho do notável e respeitável Dr. Credidio. Mas acredito, considerando sua idade e a data de aprovação na OAB, que sua formação básica escolar tenha sido feita em estabelecimento escolar 'das antigas'. Estava preparado para ter um bom desempenho independente de ter ou não ter acesso a luminares do Direito na sua formação. Lembro, em defesa do meu ponto de vista, o que acontece com os médicos atuais. A maioria dos erros médicos ocorre com profissionais oriundos de escolas médicas menos exigentes no ingresso. Exatamente as que recebem as sobras dos postulantes das faculdades mais tradicionais e concorridas. Ora, se as faculdade de Direito ficarem mais exigentes no nível dos postulantes certamente ficarão sem alunos, fecharão as portas, o negócio acaba. Adeus ao excelente negócio que são a maioria das faculdades particulares. Não é por acaso que estas ostentam hoje uma exuberância financeira e gasto publicitário e de relacionamento de que PUC e Mackenzie estão distantes. E seus donos, como comerciantes bem sucedidos, são nababos. Acho que não há necessidade de citar nomes."

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