Questões do aborto

23/1/2007
Dávio Antonio Prado Zarzana Júnior

"O Conselho Federal de Medicina, através da Resolução nº 1.811, de 14 de dezembro de 2006, regulamentou o uso da chamada 'pílula do dia seguinte'. Em sua exposição de motivos, os autores da resolução informam que a 'anticoncepção de emergência poderá contribuir para a diminuição do aborto provocado' e, em seguida, no artigo 1º, está disposto que a 'anticoncepção de emergência' está aceita 'como método alternativo para a prevenção da gravidez, por não provocar danos nem interrupção da mesma'. Pois bem. Desde 2001, os Bispos católicos do Estado de São Paulo já haviam advertido, em Nota Pastoral publicada em diversos meios de comunicação, o seguinte: 'Alguns órgãos da imprensa começam a divulgar esta pílula, noticiando que é fornecida pelo Ministério da Saúde, através de sua rede pública, em parceria com Estados e municípios, e que a pílula está sendo apresentada só como contraceptiva e não abortiva. Isso, porém, não condiz com toda a verdade, porque ela é de fato contraceptiva e abortiva. Em alguns casos impede a concepção e em outros provoca um aborto. Quem divulga como não abortiva, tem um conceito restrito de aborto, afirmando que só se pode falar de aborto se o óvulo fecundado for expedido após ter-se fixado no útero. A Igreja Católica, no entanto, baseada nos dados da ciência, afirma que desde a concepção e antes de se fixar no útero feminino, o óvulo fecundado já é o início de uma vida humana. Portanto, mesmo sendo expelido antes de sua fixação no útero já se trata de aborto. É isto o que a pílula do dia seguinte pode provocar'. No site aborto.com (clique aqui), encontramos também os seguintes dados: 'A pílula do dia seguinte, cujo formato é o Levonorgestrel...deve ser tomada até as 72 horas após a relação sexual... contudo é necessário entender que uma gravidez ou gestação ocorre com a fusão do óvulo e espermatozóide, no terço médio superior das trompas, em geral não mais que 2 horas após a relação sexual. Como a vida humana, com seus 46 cromossomos, surge naquele instante, a ação da pílula do dia seguinte tem claramente a ação abortiva... impede que ocorra a nidação da criança em sua fase embrionária... a vida surgiu e foi interrompida'. Em todo o mundo, levantam-se muitas vozes para denunciar o absurdo de se tentar convencer a população de que a 'pílula do dia seguinte' não é abortiva (veja-se, por exemplo, as norte-americanas do 'Concerned Women of America'). Então, como é que uma resolução destas é aprovada 'à força', ignorando a opinião da maioria da população, contrária ao aborto em qualquer fase da vida humana antes do nascimento?"

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