Taxa de juro

26/1/2007
José Renato M. de Almeida – Salvador/BA

"Em cada dez empresários brasileiros, onze apontam a taxa de juro como o maior entrave ao crescimento econômico no Brasil. E culpam o governo federal por isso. Vamos aos números, pois, como diz o ditado, eles não mentem. O juro médio cobrado ao consumidor pelos bancos e financeiras em 2006 foi de 7,40% ao mês ou seja 135,53% ao ano. Essa foi a menor taxa dos últimos doze anos, desde 1995, quando a ANEFAC - Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, iniciou esse acompanhamento. A nota registra também que nos doze meses de 2006 o juro caiu 5,05 pontos percentuais, de 140,58% para 135,53% ao ano, o que equivale a uma redução de 2,44%. Em contra partida, a taxa básica de juros SELIC administrada pelo Banco Central, via COPOM, nos mesmos doze meses de 2006 foi reduzida de 18% (dez. 2005) para 13,25% (dez. 2006), isto é: 4,75 pontos percentuais, equivalentes a 26,38% de redução. Conclusão: enquanto o governo reduziu 26,38% de seus juros básicos, os bancos e financeiras reduziram, em média, apenas 2,44%! Já está em tempo das instituições governamentais agirem contra o oligopólio bancário existente no Brasil, o qual penaliza a produção, os empresários e os consumidores e, por enquanto, vem beneficiando apenas o lucro dos bancos - os maiores do mundo - criticado até pelo FMI e Banco Mundial. Considerando que a SELIC terá menor velocidade de redução (menos 0,25% em 24/1/07), se continuar nessa proporção os juros ao consumidor vão permanecer elevadíssimos caso não haja providências para promover concorrência no setor bancário-financeiro. Quem tem olhos de ver sabe onde estão os maiores entraves ao desenvolvimento do país: elevadíssimos impostos, juros e corrupção institucionalizada. Não necessariamente nessa ordem de importância. (Fonte: site Acionai$ta – clique aqui)"

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