Governo Lula

6/2/2007
João Bosco Alexandrino

"Lembro-me, sempre, do nosso memorável - sem trocadilho - escritor, Miguel Paiva: 'Feliz Ano Velho'. Pois direi eu, quanto ao governo que se inicia, parodiando o escritor: 'Feliz Governo Velho'. É só ver: o PMDB + PTB + PP + PR (ou PL mais pindurucalhos) + PDT (socorro, Brizola), e mais um monte de siglas de aluguel, tudo isto é igual ao PT e cercanias. (Nas cercanias, o PCdoB  e o PSB (socorro, João Mangabeira)! Pois bem: o Genro (que não se sabe quem é o sogro, na 'pepeja' - ou se sabe? Ou Nelson Jobim e/ou queijandos no Ministério da Justiça, e já começamos a sentir saudades do advogado criminalista e patrono de grandes estamentos, que, hoje, é dono da vaga. Lembro-me,  que, nos dias finais da campanha eleitoral de 2006, o Ministro Brossard-Paulo, perguntado, no Programa Roda Viva da TV Cultura, o que pensava da Gestão do Dr. Thomaz Bastos, no Ministério da Justiça, e este respondeu, simplesmente, que o Dr. Thomaz Bastos é advogado criminalista, dono de banca. E, se era preciso mais dizer. Lembrei-me, naquela oportunidade, do episódio do Ministro da Fazenda com o caseiro. Ou melhor, da violação da conta bancária de um cidadão brasileiro. A Imprensa mostrou bem: no ato da violação, um assessor do Ministério da Fazenda se fazia presente na residência do Palocci. Para uma visita cordial? Será? Posteriormente, a imprensa mostrou uma reunião do Dr. Thomaz Bastos, com o Palocci e um causídico que o próprio Ministro declarou, teria arranjado para patrocinar a defesa do Senhor Ministro da Fazenda. Será que o Doutor Bastos estava orientando a defesa do Palocci? Esses fatos são marcantes, para a história contemporânea do Brasil. E o que mais entristece, em tudo isto, é o sepulcral silêncio da OAB Nacional, sobre o imbróglio, naquela oportunidade. Não sei se o presidente nacional da OAB - o de plantão - conhece dois verbetes do Direito Penal, aplicado ao Direito Público: condescendência criminosa e improbidade do administrador. Ainda assim, parodiando Juca Chaves, 'não se se pode dar um Thomaz Bastos por 100 Genros'. Opinião de um comum cidadão."

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