Direito de Família

15/2/2007
Sergio Manbenji Norett

"Ao regar a planta com água, ela cresce. Se jogarmos tinta rosa na planta, ela morre. Mesmo que alguém diga: 'ah, mas o rosa é tão lindo...'. Pois é. Com esse tipo de desafio às Leis naturais, e com um tipo esquisito de adoração ao Direito, o nobilíssimo doutor Paulo Iotti novamente trabalha para a destruição da família, como já fez em outras vezes, em outros debates. Parece haver, verdadeiramente, uma vontade em fazer mal à sociedade. Ou então, um tipo de orgulho daquele mote do jardim da infância: 'digo mesmo absurdo e não volto atrás. Não volto, não volto e não volto'. Vamos analisar os absurdos, pois. O primeiro é a confusão descarada entre Estado Laico e Brasil. O Brasil não é laico. Nunca foi, nem será. Há 'laicos' no Brasil, o que é bem diferente. A Constituição Federal, que utiliza a 'laicidade', é a mesmíssima que no preâmbulo invoca a proteção de Deus. Esta representatividade, que gerou tal invocação, é propositadamente (não se sabe porquê) desprezada pelo aludido missivista. É lógico que ninguém quer, nem eu, nem o nobre colega, que mulheres fiquem 'presas' em casa, mas ele por um acaso sabia que existe um movimento de destruição da família judaico-cristã planejado? Acho que ele nunca ouviu falar nisso, mas a internet está aí. Sugiro uma boa pesquisa nesse sentido. Há muito mais pessoas desejosas de ver famílias destruídas do que você pode imaginar, e a coisa podre vem do alto, de fora do Brasil. O que mais irrita uma feminista é uma mulher que gosta de cuidar da casa. Não se fala aqui de um tipo de preconceito reverso (hoje a palavra preconceito é usada pra tudo, até para justificar confusões), mas de mulheres que amam seus maridos, e que são amadas e respeitadas por eles. Às vezes, a mulher trabalha e o marido fica em casa, e às vezes, acontece o inverso. E os dois se amam. Nada mais natural. Um gigantesco preconceito seria admitir que todas as mulheres que trabalham em casa são oprimidas, são piores etc. Nada mais absurdo e preconceituoso. Hoje, a mulher, graças a Deus, conquista cada vez mais espaço no mercado de trabalho, e é assim que deve ser. Mas você não vai encontrar movimentos ou Leis proibindo a mulher de ficar em casa, se quiser, cuidando dos filhos e administrando o lar conjugal. Porque existem milhões de mulheres (nossas mães, inclusive), que sentem realização também nisso. É uma verdade simples. O feminismo conseguiu inventar um paradoxo: uma busca pelos direitos das mulheres, só que criando outros preconceitos em quem porventura discordar do movimento. E isso se iguala aos pré-conceitos anteriores. Agora, caro migalheiro, querer forçar a barra, dizendo que amor é sempre igual, tanto para pessoas do mesmo sexo, quanto para pessoas de sexo diferente, 'pera lá'! Amor, pode até ser, mas amor 'igual', não consegue. Você nunca viu, nem verá, um homem dizendo ao seu parceiro: com quantos meses de gravidez você está? Se o amor existe independentemente da procriação, da mesma forma a procriação não pode ser tratada como lixo, como 'fase', como 'apêndice'.  Procriação e Amor, idealmente, e de acordo com a realização da natureza humana, têm tudo a ver. Quanto ao inferno de um casamento, pergunte ao casal Tarcísio Meira e Glória Menezes como eles tiveram problemas, quantas dificuldades, quantos sofrimentos, mas tudo superaram em nome do amor. É que hoje em dia muitas pessoas, aposto que não o migalheiro Paulo, acham mais fácil desistir sem buscar a ajuda espiritual. E daí a importância do perdão, do recomeço, de uma luta de oração e espiritualidade genuínas, que são jogadas no lixo por pessoas que gostam de falar mal da religião em livros, mas que sabem a quem pedem ajuda (a Deus) na hora do 'vamos ver'. O Brasil sem Deus já é um fracasso. O Brasil que busca novamente a Deus, esse tem esperança. Se os casais tivessem consciência do poder sacramental do matrimônio, e se esforçassem para se manter fiéis de verdade, por exemplo, o número de 'divórcios delivery' cairia em mais da metade. A dignidade humana envolve o espírito. Uma vida sem fé, com o espírito amputado, está longe dessa dignidade que abrange a totalidade do ser. E isso os defensores do laicismo fingem ignorar. Não foi a indissolubilidade do casamento que ensejou concubinatos adulterinos (olhem só que absurdo escreveu esse migalheiro!), mas sim a cara-de-pau de gente que não respeita a própria mulher, o próprio marido, na infinita maioria dos casos. Sem falar dos 'mimados' de plantão. Uma pequena minoria teve razões mais puras para essa dissolução. Mas o 'divórcio delivery' atende em cheio aos planos da ONU de controlar a demografia desse que para eles é o 'paisinho de terceiro mundinho, tadinho'. Nós brasileiros de fibra não pensamos assim. Há muito tempo há uma ditadura da imposição do laicismo, e o preconceito aos cristãos, e é hora de um basta nisso. O principio do Estado Laico deveria servir para abraçar todos os credos, e não para atacar as raízes cristãs de uma nação, com respeito às demais. O que está se fazendo é dizer que, se o Estado é Laico, tudo o que for invocado juridicamente em relação à religiosidade deve ser afastado. Ora, isso não é laico, é ditadura do ateísmo! Nenhuma ditadura deu certo, nem essa dará, é claro. Por fim, não há comunhão plena entre duas pessoas num casal, sem o amor expresso na procriação. Você pode até dizer que o 'amor deles é verdadeiro'. Mas 'pleno', no sentido de que um vai utilizar a maior demonstração desse amor no outro, e o outro vai ficar grávido, ah, meu amigo, essa não. Então, 'pleno' nunca será. Sugiro, também, a leitura de Carl Jung sobre o homossexualismo (sem preconceitos, e sem indução a criar clones pró-gays). Todas as pessoas merecem ser amadas e respeitadas. Mas a potência procriadora do homem não pode ser rebaixada ao nível de um ridículo 'apêndice'. Bom, vocês leitores já sabem: se quiserem a união e a reconciliação de um casal, procurem-me; não se quiserem facilitar a destruição da casa, não."

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