OAB

7/1/2008
Romeu A. L. Prisco

"A OAB e o país. Quem vir a estrutura da OAB, principalmente da Seccional Paulista, que é a maior de todas, e se fixar somente nas Comissões, em número de 95 (noventa e cinco), dirá que o País não precisa se preocupar, eis que, para todos os problemas nacionais, a entidade tem solução, desde 'Convergência de Mídias' até 'Estudos sobre Mercado de Carbono'! Pasmem, existe até uma 'Comissão de Assuntos do Judiciário'! Sim, aquela que deveria ser a única, a mais importante e a mais atuante, onde se concentrariam todos os esforços do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais,  objetivando completa e imediata reestruturação do Poder Judiciário, a fim de que a Justiça adquirisse prestígio compatível com sua elevada missão, se fizesse ágil, rápida e eficiente, a salvo de excessos de formalismo e imune à corrupção. No dia em que o Poder Judiciário estiver funcionando de acordo com as expectativas de quem a ele recorre, não mais haverá necessidade de a OAB perder seu precioso tempo com um sem número de comissões, cujos objetivos só se tornam válidos depois de passarem pelo crivo do mesmo Judiciário. Com efeito, para que serve uma 'Comissão de Direitos Humanos', se esses direitos, num dado momento, devem ser reconhecidos pela Justiça? E para que serve uma Justiça que, via de regra, só reconhece esses direitos humanos tardiamente? O resto, como ainda diriam muitos dos meus Colegas, é perfumaria jurídica."

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