Palácios

8/2/2008
Jorge I. Salluh - consultor do escritório Veirano Advogados

"Meus caros, A respeito do artigo sob o título "Para Faraó nenhum botar defeito" (Migalhas 1.832 - 7/2/08 - clique aqui) quero chamar a atenção para a incoerência do MPF. Como aposentado do MP/RJ, provindo do incorporado Estado da Guanabara, posso falar de cadeira. Não quero negar a importância do MP de uma maneira geral. Depois que ele ganhou ares constitucionais, com a CF/88, ele vem fazendo um trabalho excepcional, especialmente o MPF, vigilante na lisura da administração pública. Lendo a reportagem na íntegra, vê-se realmente que as obras do Judiciário em Brasília são efetivamente faraônicas. Eu tive recentemente a oportunidade de, indo a Brasília, visitar, junto com um amigo meu, Procurador da República, portanto MPF, as instalações do novo prédio da PGR. Suntuosos demais, além de qualquer expectativa, e, tendo visto o seu gabinete, entendo o porquê dos 71.000m2 de construção daquele prédio. A incoerência a que me refiro acima está patente na ilustração da reportagem: Como é que pode alguém ainda querer fazer alguma coisa contra outrem que está gastando uma fábula para a construção de suas instalações, querer fazer algo contra os que se beneficiarão de tal construção, quando esse mesmo alguém gastou a fabulosa quantia de R$114,6 milhões para 62 Procuradores? Mais de 1.000 m2 para cada Procurador? É de mais uma vez exclamar e perguntar: Macaco: olhaste o teu rabo? Senão, vai haver o diabo. E, ainda, parodiando o texto da reportagem e o nosso querido Paulinho da Viola, como o fez o autor da reportagem no que concerne ao azul, que mais parece o céu no chão. De azul ali na foto do trabalhador só tem a roupa dele. Eu diria finalmente que isso tudo não é o céu não, é mesmo o paraíso."

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