Dia Internacional da Mulher

10/3/2008
Alexandre de Macedo Marques

"Sábado comemorou-se o Dia Internacional da Mulher. Tocado pela data homenageei, in pectore, as figuras femininas da minha vida. Minha mãe, sua caridade, esperança e humor. Minhas tias-avós, seu carinho e afeto que só tias-avós são capazes de guardar no coração. Minhas avós que não conheci. Minhas namoradas e sua boa vontade para suportar, até ao possível, a minha timidez e falta de jeito. Minha companheira nesta jornada tão cheia de angústias. Lembrei-me de Erich Fromm, o psicanalista austríaco, que dizia que alguém só pode dizer que ama se é capaz de amar em qualquer criança seu filho, em qualquer idoso seu pai e sua mãe. E nesse momento amando minhas avós e tias avós, minha mãe, minha companheira, amei todas as mulheres do mundo. Mas ligo o rádio e o tema dos noticiosos é o Dia Internacional da Mulher. Ouço vozes femininas com desagradável timbre de voz, similar ao de Martas Suplicy e Ideles Salvati desta vida severina. Acusam, reclamam, vociferam, pleiteiam. Consigo entender que estou diante de cobradoras de uma outra dívida, das ditas históricas. A dívida dos Homens. Para dar um toque sociológico falam em sociedade. Que sociedade, caras pálidas ou menos pálidas? O discurso é de feministas 'enragées', sem cultura ou filosofia para entenderem os mistérios da evolução deste vulcão chamado Humanidade e das suas facetas no decorrer do milênios. Tantas vezes desnaturadas torpes e vis. A mesma característica mentecapta de outros cobradores de outras bobagens politicamente corretas. Dou-me conta que o Dia Internacional da Mulher virou um Dia Feminista com todas as bobagens, equívocos, mal-entendidos e fins escusos que caracterizam o movimento. E dou-me conta do significado da afirmativa de Simone de Beauvoir, mme Sartre: 'Ser feminista é querer ser um homem como os outros'. Vale a pena?"

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