Um tapinha não dói 31/3/2008 Abílio Pereira Neto "Sinceramente, prezado diretor, esses dois homens da Justiça (promotor e juiz) não têm mais o que fazer (Migalhas 1.867 - 28/3/08 - "A multa dói" - clique aqui)? Preocupar-se com letra de música funk? Uma coisa é não gostar desse tipo de música porque ela não modifica pra melhor o estado d'alma, outra coisa é proibir que centenas de mulheres que freqüentam os bailes funks sejam chamadas de cachorras, cadelas e piranhas, da mesma forma que gostam de ouvir também que 'um tapinha não dói'. Aliás, não culpem os fanqueiros das periferias cariocas por esse mau hábito, pois ele foi importado do rap norte-americano. Tudo que vem de lá é bom, né não? Então são essas moças as ofendidas, as freqüentadoras dos bailes ou consumidoras dos CD de músicas funk? Que os homens da Justiça agiram a pedido de uma ONG feminista todo mundo já sabe! Ah que saudades da 'Sociedade da Grã-Ordem Kavernista' e de seus únicos integrantes, Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Míriam Batucada e Edye Star, os quais chutavam qualquer tipo de hipocrisia! O pior de tudo é saber que na mesma sentença a Excelência fez vistas grossas pro pagode 'Tapa na Cara', do grupo Pagodart, lançado pela gravadora multinacional Sony Music em CD. Tapinha é pior do que tapa na cara? Nada disso, o problema é que a dança funk é erótica demais pra certas pessoas sexualmente insossas ou moralistas." Envie sua Migalha