Comício 22/4/2008 Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL "Perdoe-me, caro Dr. Olavo Príncipe Credidio, mas nem Dora Kramer e nem eu estávamos a falar da etimologia das palavras ao comentar o ato falho da Ministra Dilma ao se equivocar e chamar de 'Comício' uma cerimônia de apresentação de obras do PAC. Sobre o assunto, na semana passada, escrevi: 'Comício, segundo o velho Aurélio, é a reunião pública em que um candidato a cargo eletivo fala aos cidadãos para divulgar seu programa. Assim, quando Dilma agradeceu às mulheres que estavam 'animando esse comício', deu bem a medida e o significado da liberação escandalosa de verbas do PAC, muitas que não saem do papel, mas que ficam muito bem no filme do presidente Lula e da própria ministra. A propósito, ato falho é a interferência, num ato intencional, de um outro acidental e aparentemente sem propósito, produzido pelos mecanismos de um desejo inconsciente, cuja intenção primária é levar a cabo esta realização acidental. Então, é isso. Na hora do entusiasmo, a gente deixa escapar.' Creio, até, que a Ministra nem sabe das origens etimológicas da palavra, do 'comitiu' do latim, que era uma assembléia dos antigos romanos. Como não somos romanos, fica a lição do migalheiro, muito boa por sinal, mas a Ministra, ao usar a palavra 'comício', demonstrou, na verdade, a verdadeira finalidade daquela solenidade, além de seu desejo inconsciente. Ou consciente? Ao menos, foi o que pareceu." Envie sua Migalha