ACM

6/5/2008
Abílio Neto

"'... Como bem sabem os operadores do Direito, os indevassáveis processos de inventário muitas vezes são tumultuados. Por isso, convém deixar a família - e só ela - cuidar destas coisas, e que só a ela compete. Por isso, esta é a primeira e última nota do caso, a não ser que algo novo - e relevante para o meio jurídico como um todo – surja...' (Migalhas 1.856 – 12/3/08 – "Morte de rico, desavença de herdeiros" – clique aqui)

Prezado Diretor, a afirmação acima, a meu ver equivocada, saiu no Informativo de 12.3.08, logo após o espólio de ACM virar escândalo policial. É engano, Migalhas, dizer que só à família do extinto esse assunto interessa. Segundo parte da imprensa nacional, o patrimônio de ACM está avaliado em R$ 500 milhões, sem contar a participação na Rede Bahia de Comunicações. Como isso não desperta a curiosidade do cidadão brasileiro? Eu pelo menos sei que, quando ACM foi eleito deputado estadual, o seu patrimônio não passava de um automóvel e um apartamento. Depois foi deputado federal, prefeito de Salvador, governador da Bahia (duas vezes), presidente da Eletrobrás, ministro das Comunicações e senador. Então como é que se enriquece tanto só ocupando cargos públicos? ACM deixou de interessar apenas à família, mas passou a ser alvo da História, pois foi figura emblemática da tão decantada honestidade do regime militar de 1964. Nenhum civil incorporou tão bem o 'espírito revolucionário anticorrupção' quanto ACM, se bem que na Bahia sempre se disse 'rouba, mas faz'. Releiam o que ele dizia de Maluf e Jader Barbalho. E ainda assim vocês querem calar? Saudações do,"

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