Cotas Raciais

19/5/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Ao ler a mensagem do migalheiro Antonio de Almeida Prado, que me fez lembrar meu saudoso professor de língua latina, na PUC prof. Bento Prado de Almeida Ferraz, eu procuro imaginar qual a intenção do governo querendo forçar a marginalização de pretos, forçando-os a ingressar nas Faculdades, mesmo porque esse não é o caminho, se for por questões econômicas, tal atitude só piorará o ensino, ainda mais se o governo propor-se a pagar os estudos, pois as faculdades particulares, muitas que já são fábricas de diplomas, procurarão faturar mais, se souberem que estarão garantidas pecuniariamente, pelo governo, não importando a qualidade. Já temos milhares de bacharéis que não conseguem ingressar em exames da OAB no 'statu quo' atual. Fala-se em exigir exames para outras carreiras universitárias: médicos, engenheiros etc, etc. Aí é que os diplomas de bacharéis não valerão nada. A qualificação do aluno é imprescindível para ingressar em faculdades. Já não há exigência em muitas faculdades particulares. Basta ver o resultado da OAB. Destinar vagas é um péssimo exemplo, principalmente alijando bons em detrimento de maus e é injusto. Quando prestei na PUC em Letras Clássicas, 1958, ingressamos 40, formamo-nos 8. Na Braz Cubas, Direito em 1975, ingressamos cerca de 200, formamo-nos pouco mais de 100. O que vai fazer? O que fez o governo de São Paulo, nas escolas de 1º e 2º graus, fazendo-os passar soubessem ou não? Está nos jornais o resultado: caos total do ensino. Ensino é coisa séria, vejam como exemplo os japoneses, chineses, vietnamitas etc. o progresso deles devido ao ensino sério, exigível. Atenciosamente,"

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