Isabella

19/5/2008
Olavo Príncipe Credidio – advogado, OAB 56.299/SP

"Sr. diretor, para mim, nessa suspensão de 2º. julgamento pelo Júri, o Congresso usou daquela velha piada, sobre retirar o sofá da sala. O problema é o Tribunal do Júri, ele deveria ser extinto. Juízes e advogados lutam uma vida toda para compreensão de leis, a fim de atingirem seus objetivos: julgar e defender. E nem assim alcançamos a Justiça na acepção da palavra, porque a Justiça é humana e 'humanum errarum est', já diziam os latino antes de Cristo. E o povão que faz parte de tribunais de júri, fazem o quê? Julgam pela emoção, isto é Justiça?  Analisemos o caso recente dos pai e madrasta  que alegam (são acusados) de    terem  matado a filha e enteada. Poderá haver um julgamento justo, com a mídia apregoando, exacerbando os ânimos, e vêem-se muitos dos que não têm o que fazer nas ruas, na frente da moradia deles ou na frente das delegacias gritando: criminosos, pena de morte etc. etc.? Pois até criminosos presos julgam-se no direito de acusá-los, de ameaçá-los. Quem vai fazer parte do Conselho do Júri? Pois eu aposto em 7x0 contra eles, pelo clima. Previamente condenados, isto é Justiça? Em crimes desse naipe tão somente juízes deveriam julgar e condenar e, mesmo assim, vemos os erros cometidos por eles, nesse pedido de 'habeas corpus' para os réus defenderem-se em liberdade, agindo 'data venia'. Os Desembargador e Ministro em função da repercussão do delito, não atendendo à lei, que lhes garantiria a liberdade provisória. Atenciosamente,"

 

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