Dois pesos e duas medidas

1/7/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"A líder da Associação dos Produtores Rurais do Assentamento Cocal, na região de Rosário Oeste (MT), Helena Souza Ferreira, 45 anos, assassinada com um tiro no tórax no sábado, havia feito denúncias no Ministério Público Federal (MPF) contra o Incra e o Movimento do Trabalhadores Sem Terra (MST). Ela liderou por seis meses um movimento que rompeu com o MST e fez denúncias de possíveis irregularidades na demarcação de terras. O MST emitiu uma nota de esclarecimento informando que o pré-assentamento foi criado em 2007 e que nesse período as famílias se organizavam de forma coletiva, coordenada pelo movimento. 'A dona Helena era integrante da direção estadual do MST, e por problemas disciplinares e políticos foi afastada temporariamente da direção ficando como acampada. Ela não aceitou tal decisão e começou a fazer uma articulação interna no acampamento alegando que o MST não estava cumprindo o seu papel de fazer reforma agrária', informa nota. Lida a notícia acima, do assassinato da líder do MST, e lida a nota do MST, todos estão prontos para ler, na seqüência, o artigo de Jorge Serrão, que cria um paralelo entre aquele acontecimento e o do Morro da Providência, no Rio de Janeiro, no qual foram mortos três moradores, mortes de responsabilidade de militares do exército brasileiro. Daí, cada um tira as conclusões que desejar.

'Por Jorge Serrão


O mesmo órgão do desgoverno petista que se notabiliza por fustigar os militares, alimentando o espírito revanchista pós-64, acirra a guerra psicológica contra as Forças Armadas. Ontem, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República anunciou a criação de uma comissão para investigar o grave incidente do Rio de Janeiro (em que 11 militares entregaram três jovens do morro da Providência para os traficantes rivais do morro da Mineira).


Sempre na linha de ataque às Forças Armadas, o ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que as Forças Armadas não são aptas a atuar na segurança pública. Tasso fez questão de frisar que esta visão é a do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e é também a visão majoritária na sociedade. O ministro da Defesa, genérico de quatro estrelas Nelson Jobim, visitou ontem o Morro da Providência. Tomou cafezinho com a tia de uma das vítimas e prometeu que a morte dos três jovens da comunidade não ficará impune.


O tenente R-2 do EB Tarso Genro garante que as Forças Armadas vão tomar duras providências para punir os responsáveis pelo crime. Farão parte da comissão especial o presidente do Conselho Federal da OAB, Cézar Britto, a subprocuradora geral da República e procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Gilda Pereira de Carvalho, e a professora de Direito Constitucional, Flávia Piovesan.


Os três prometem “de investigar no próprio local o que realmente ocorreu, acompanhar os inquéritos em andamento e empenhar-se para que os procedimentos judiciais resultem em punição exemplar e ágil". Segundo a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, a comissão permanecerá no Rio pelo tempo que for necessário para acompanhar a apuração e prestar apoio e proteção aos familiares das vítimas.


‘Heroes’

Dos três “HERÓIS” presos pelos soldados do Exército e depois torturados e mortos pelos traficantes do morro da Mineira, dois tinham passagem pela polícia.

Um por associação para o tráfico e o outro por porte de arma e corrupção de menores.

A informação oficial é da Polícia Civil do Rio de Janeiro.


Perguntinhas idiotas


Será que os doutos representantes dos direitos humanos fariam a mesma coisa, se as vítimas dos bandidos fossem os militares?

 

Por que a mesma comissão não foi criada para apurar, com todo rigor, a tortura sofrida por jornalistas de O Dia, por grupos pára-militares de milícias, na favela do Batan, em Realengo?


Será que essa “mineirada” (assassinato) da pobre margiranhada da Providência não foi providencialmente “armada” para servir como mais um elemento para justificar a tese de que o Exército não serve para o combate ao “quarto elemento” operacional do Governo Ideológico do Crime Organizado, que patrocina a guerrilha urbana?

Quem vai apurar este outro crime?


A líder da Associação dos Produtores Rurais do Assentamento Cocal, na região de Rosário Oeste (MT), Helena Souza Ferreira, de 45 anos, foi assassinada com um tiro no tórax no sábado.

 

Helena tinha feito denúncias no Ministério Público Federal (MPF) contra o Incra e o Movimento do Trabalhadores Sem Terra (MST).


Ela liderou por seis meses um movimento que rompeu com o MST e fez denúncias de possíveis irregularidades na demarcação de terras.


Será que a Presidência da República vai instituir uma comissão especial para apurar tal crime hediondo, de natureza político-ideológica?


Justiçamento é isto aí...


A dona Helena era integrante da direção estadual do MST.


Por problemas disciplinares e políticos foi afastada temporariamente da direção ficando apenas como simples "acampada" (na realidade, "invasora de propriedade privada", o termo mais correto).


Ela não aceitou tal decisão e começou a fazer uma articulação no acampamento alegando que o MST não estava cumprindo o seu papel de fazer reforma agrária'.


Como prova do funcionamento do modelo de 'Justiçamento Social' do MST, a revoltada sem terra acabou sete palmos abaixo dela... Como se pode ver, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa..."

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