Militar homossexual 1/7/2008 Daniel Silva "Prezado migalheiro Prisco, compreendo o seu enfado com relação a essa questão e, de minha parte, não me incomodo se ignorar por completo a minha migalha, mas gostaria de apresentar as seguintes considerações. O sr. foi muito claro ao expor a sua idéia. Se a atração por uma pessoa do mesmo sexo é uma opção sexual ou uma orientação sexual, a atração por uma pessoa menor de idade não tem porque estar enquadrada em outra classificação, ou seja, também é uma opção ou orientação sexual. Assim, aceitando-se a premissa de que opção ou orientação sexual deve ser respeitada independente de suas conseqüências ou premissas, aceita 'bovinamente', não criticada, embora por um lado ela defenda o homossexualismo, por outro lado ela abre as portas para defesa da pedofilia, pois não haveria diferença lógica ou real entre as duas, haveria apenas uma diferença emocional, subjetiva, sem qualquer base empírico-científica. Ou seja, a 'pedofobia' não poderia ser imposta aos outros, por estar eivada de preconceitos religiosos (a Bíblia proíbe expressamente a pedofilia) que são meros subjetivismos, sem qualquer base cientificamente comprovável de que a relação sexual entre um adulto e um menor de idade seja algo reprovável. Afinal, um pedófilo não é necessariamente um incestuoso. Ele pode criar seus filhos como qualquer outra pessoa. O que reforça a existência de preconceito com relação à pedofilia. Preocupado com essa ordem de idéias que se impõem necessariamente se aceitas as premissas expostas, o Sr. como muitos de nós, se indigna perante os casos que aparecem diariamente na mídia e nos alerta corretamente dos perigos reais que devem ser levados em conta. O problema é que a claridade das suas idéias acerta como um bom 'chute nos peitos' a incansável defesa que os homossexuais fazem da lei 'anti-homofóbica'. E a verdade machuca em dois sentidos: ela abala os sonhos de muita gente; e demonstra que o presente que nos oferecem é um grande Cavalo-de-Tróia. Isso desestabiliza as pessoas de bom coração e irrita as que estão de má-fé, por ter-lhe exposto os seus planos. A conseqüência lógica disso é uma resposta completamente infundada, eivada de ameaças, ofensas, distorções de argumentos, mudança de assunto e todos os truques de erística possíveis e imagináveis em um debate. Por exemplo, os militares sempre foram severamente punidos pelas coisas mais simples, mas que destoam do ordenamento estrito que devem obedecer e nunca se reclamou disso ou se levantou qualquer suspeita. Agora quando um caso envolve um homossexual (que diga-se de passagem, somente após 10 anos de relacionamento é que resolveram 'incomodá-lo'), imediatamente tem que 'se averiguar devidamente o caso'; pessoas que não militam na área têm certeza que o caso tem 'algo mais do que divulgam'; surge logo a desculpa: 'Eles estavam errados, mas só foram punidos porque são homossexuais'. E isso tudo (falta de conhecimento do assunto e de elementos para interpretar o caso) vem de pessoas que exigem uma demonstração empírico-científica de todas as alegações feitas. Não se iluda caro Prisco. Isso é feito de maneira inconsciente (defesa de uma causa) como também consciente, no sentido de atolar o assunto com tantas informações desconexas de modo que a matéria perca interesse. Qualquer um pode perceber facilmente isso em qualquer jornal. A maneira mais fácil de se banalizar um fato é apresentar tantas informações sobre ele que as pessoas 'enchem o saco' e não se interessam mais, aconteça o que acontecer. Gostaria apenas de terminar dizendo que discordo de você em sua última frase. Esse é um dos temas e problemas muito importantes para todos advogados e cidadãos brasileiros e não deve ser abandonado tão facilmente. Apenas um exemplo, a lei 'anti-homofóbica' já está sendo aplicada por alguns juízes do Brasil, mesmo não tendo sido aprovada. Ou seja, este tema já está instaurando uma nova fonte de direito: O Projeto de Lei. Além de estar criando uma casta de indivíduos que se alegam minoria e por isso querem direitos que a maioria não tem. Inventam-se preconceitos que, no melhor das hipóteses, são pontuais e insignificantes perante o total, dando-lhes notoriedade exacerbada como se fosse um ato praticado por toda a população. Subverte-se o processo democrático, onde a maioria só é aceita se for para dar mais poderes à minoria senão é ignorada como violadora do 'Estado Democrático de Direito'. Tudo isso recheado do discurso científico, tido como a mais cabal das certezas, que até hoje a única certeza que demonstrou ter é que não tem certeza alguma (a Terra é o centro do Universo, O Sol é o centro do Universo, o átomo é a menor partícula, a gravitação de Newton e a relatividade de Einstein, etc.). Não quero obrigá-lo ou compeli-lo a se manifestar e defender as suas idéias, mas apenas digo que a sua falta será sentida." Envie sua Migalha