Se beber, não dirija

1/7/2008
Wilson Silveira - CRUZEIRO/NEWMARC PROPRIEDADE INTELECTUAL

"Eu já estou pensando em outra coisa. Em uma metrópole como São Paulo, um serviço de charretes, como o que existe no Central Park, em New York, até que cairia bem. Os casais teriam um fim de noite romântico, indo para casa ao passo cadenciado dos cavalos, com as pernas cobertas por aqueles cobertores cheirando a cavalo (bem ao gosto do Gal. Figueiredo), sem risco do temido bafômetro, enquanto não inventam os bafômetros cavalares. Para os que moram no Morumbi ou adjacências, poderiam ser pensados serviços de gôndolas no Rio Pinheiros e, até no Tietê, para os das zonas Leste e Norte, com fornecimento de máscaras anti-gases (certamente licitadas de empresas israelenses). Mas, uma coisa é certa, os carros, principalmente os de luxo, vão ser desnecessários, porque a Lei, discriminatória que é, atinge somente a classe média. A classe mais baixa freqüenta os bares a pé e os ricos vão nos carros com seus motoristas, deixando os próprios, sem uso, em casa. Só a classe média terá que utilizar seus próprios carros, à falta de opções. Com menos carros, o trânsito melhorará automativamente. Menos carros serão vendidos no mercado interno e mais carros serão exportados, o que é bom para nossa balança de pagamentos, que ficará equilibrada. Como se diz hoje em dia, há males que vem para bens. Enquanto isso, é aguardar: já correm notícias que os camelôs estão para receber chicletes anti-bafômetros."

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