Poltergalhas

1/12/2008
Odete Roitman

"Mon chère Directeur, conheço bem Ali Babá. O livro e ele, pessoalmente. Poucos sabem, talvez por desinformação, que, de fato, houve um Babá encarnado, único, a inspirar a alegoria. Se um foi Babá, múltiplos sempre foram os ladrões, nas histórias, contos, poemas e, notadamente, na vida política brasileira. Babá veio cá pra cima - e cá está. Um espírito de luz, pelos seus grandes feitos! Três de meus cinco netinhos, já então com discernimento, foram inoculados com a belas mensagens e moral do livro que - também para mim - sempre trouxe gostosas memórias e reminiscências infantis. Kahyan (o Omar mesmo, amigão do Ali) estava passando por aqui e comentei com ele a crítica que recebi em Migalhas dos leitores (- "Poltergalhas" - clique aqui). O ilustre matemático persa ouviu, refletiu, fez uns rabiscos num bloquinho e me advertiu: 'não! não! Odete. Faça as contas! Faça as contas! A crítica não vinga. Há que prevalecer sobre ela a álgebra! Não se tratou de buscar macular o bom nome do Babá, até porque, incluindo Babá, a conta dos ladrões não fecha! Logo você, que irradia tanta energia boa? Imagine fazer de Babá o 41º ladrão? A questão que se põe é de erro de interpretação ou, quando menos, de confusão matemática mesmo. O Senador Arthur Virgílio e Você, em seus comentários, parecem ter deixado claro, em números, que 40 são e sempre serão os ladrões; 39 são os ladrões chefiados e, por certo, 1 dos 40 ladrões, cumulativamente, ocupa o posto de ladrão-em-chefe. Assim, quando Virgílio (não o da Eneida) afirmou que Lula seria o chefe dos 40 ladrões, parece básico que deixou de fora o querido Ali, não?' Obrigado, Omar."

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