Operação Satiagraha

3/12/2008
Alexandre de Macedo Marques

"São claras as convicções ideológicas e desconhecida formação intelectual-profissional das pessoas que escrevem com raivoso regozijo pela decisão do juiz De Sanctis. E, desde já, reclamam da possível modificação da sentença pelos tribunais superiores. É o que, certamente, irá acontecer por justas e saudáveis razões de Justiça. Independente da culpa ou não do banqueiro Daniel Dantas toda a investigação e evolução do processo foram contaminadas por ilegalidades e viés ideológico só conhecidos nos métodos vigentes na Rússia Stalinista. Ou, se preferirem, no fanatismo dos tribunais do Santo Ofício. A máscara do delegado Protógenes já caiu ao assumir o papel de 'meu garoto' do PSOL. As investigações da Polícia Federal sobre a conduta do delegado mostram um 'representante da lei' para quem a lei não tem nenhum sentido diante do furor messiânico das suas convicções. O juiz de Sanctis demonstra, através de suas manifestações na imprensa e em variadas palestras, um perfil de personalidade semelhante. O messianismo tipo 'Justiceiro' não é o melhor instrumento para um magistrado decidir em nome do Direito. As repetidas denúncias de cerceamento da defesa, na sua atuação, são outro grave incidente processual. Diante disso - independente de culpa ou não do Daniel Dantas - instâncias superiores do Judiciário devem intervir no processo. Para certa mentes totalitárias isso pode ensandecê-las. Mas é o 'quantum satis' num regime democrático."

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