Migalheiros

29/6/2009
Luiz Domingos de Luna

"A Criticidade é sempre necessária. Toda informação é filtrada pela mente do autor, logo, um fato em si pode ter milhares de formas de apresentação, esta diversidade de formas é combustível de vital importância para a democracia, pois a liberdade de expressão é a liberdade de expressar inúmeros focos para uma única situação, assim, quanto maior for às possibilidades dos dados amostrais, maior será força democrática. A heterogenia social é também intelectual, pois não existe sociedade totalmente homogenia, como também não deve existir um padrão de conhecimento intocável, inviolável, pois a civilidade sempre pronta para polir, para criar um novo ritmo de aprimoramento. É assim que a humanidade ruma, sempre numa busca eterna, uma história permeada de erros a acertos, o grande desafio é diminuir a margem de ermos e aumentar a de acertos, porém para a probabilidade aumentar em projeção afirmativa, se faz necessário também elastecer o foco do conhecimento, como também todas as facetas e variáveis possíveis, sem isso, o pulsar existencial pára a história emperra e a vida se dissolve na abstração do tempo. Escrever é um ato social e como tal expõe a convicção do autor, porém, por mais dados e conhecimentos que se tenha sempre falta o focar pleno do contrário, assim, o potencial do que não foi exposto pode ter o poder maior do que o que já foi. Nisto reside à força da criticidade, dar luz ao que foi esquecido, dar força ao que não foi pontuado.... (....) Enfim dar a liberdade ao que foi que foi presilhado ou distorcido, ou, questionar o que é, ou era, uma obra pronta pelo autor. Este constante desafio feito dentro de princípios éticos normativos, de responsabilidade e compromisso com o bem estar da sociedade é a fonte geradora de progresso, de crescimento social e luz para as futuras gerações."

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