Hino Nacional

28/9/2009
Claudia Corrêa

"Sinceramente, estou um pouco dividida sobre essa obrigação de se cantar o Hino Nacional nas escolas uma vez por semana (Migalhas 2.231 - 22/9/09 - "Lei hínica" - clique aqui). Na minha época escolar, cantávamos o hino todas às quartas. Com toda formalidade necessária, a Bandeira era hasteada, o Hino executado. O que sentíamos? Nada. Crianças e/ou adolescentes não têm a devida postura e nem sentem-se, em momento algum, cumpridores de seu dever patriota diante da execução do hino, sabemos. Vou confessar (e tenho ciência de que isso não é coisa que se revele assim: publicamente - ainda mais em um informativo deste 'calibre' e conto com a colaboração de todos os 'conterrâneos' migalheiros para que não me achincalhem, please) que quase morro de tédio quando participo de inaugurações ou eventos escolares da minha filha e há cantoria do hino. Acho muito chato. Mas chatice não é um argumento razoável. É chato, e daí? Um pouco de civismo não faz mal a ninguém, e até acho bonito quando o hino é tocado em eventos esportivos; por exemplo, quando há uma competição entre países: ele passa a sensação de ser algo 'nosso', produz orgulho. Sim, nosso hino é deveras bonito: letra e melodia. Sim, todo cidadão tem o dever de saber o hino de seu país. E, claro, tal aprendizado vem de onde? Da escola, naturalmente. Bom, entre as minhas argumentações e as minhas argumentações (sim, discuto comigo mesma), sigo ainda sem posição definida - mas talvez ligeiramente inclinada para o sim, apesar da chatice incluída. Afinal de contas, na condição atual (ufa! de ex-estudante), me cabe apenas atuar como uma mera ouvinte da canção e não como membro do coral propriamente dito. Meno male (e que minha filha não nos ouça)!"

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