Interpretação

7/10/2009
Olavo Príncipe Credidio – OAB/SP 56.299

"Sr. diretor, frequentemente, deparo-me com palavras as quais busco a origem. Hoje deparei-me com canalha, depois de estudar Personalidades Anti-Sociais e Dissociais de Jorge Paulete Vanrell, na Internet. e descobri que canalha não adveio do latim; mas sim do italiano canaglia, mesmo porque no latim canalhas é perdita plebs; caenum (em Cicero). No latim encontro perdita plebs, gentaça gentalha, em Cicero. Na verdade, estava procurando epilepsia condutopatica, após no livro Manual de Psiquiatria de Henry Ey e Outros, a definição de epilepsia: 'A epilepsia é uma doença mental, pois ela tem uma fisionomia clínica, psíquica e uma etiopatogenia cerebral que a EEG permitiu precisar.' Na verdade venho-a estudando desde 1990, pois tive casos graves de clientes condenados indevidamente fundamentados na teleologia e ativismo, e estou procurando termos para caracterizar a conduta dos juízes que os condenaram: incompetentes, relapsos, canalhas, ou mesmo loucos de um dos gêneros, admitidos por Erasmo de Rotterdam? Encontrei em Paulete uma frase de Erasmo de Rotterdam: Non mihi si linguae centum sint oraque centum. Ferrea vox, omnes fatuorum evolvere formas, omnes stultitiae percurrere nomina possim (Mesmo que tivesse cem línguas, cem bocas e férrea voz, não poderia enumerar todos os tipos de loucos nem todas as formas de loucura). E interroguei-me: Poderá haver tipos de loucura em juízes que deturpam leis e, interpretam-na subjetivamente? Por que não? Pois a teleologia e ativismo deram-lhes as possibilidades de agirem segundo sua consciência sua moral, sua intenção, que pode ser má, seu subjetivo, até por lucubrações cerebrinas. Analisemos primeiramente o termo condutopática, esta possibilidade e como avaliá-las? Condutopática, Conduta: procedimento moral bom ou mau; pática do grego (pa????)- Patologia: ramo do grego que se dedica se ocupa da natureza e das modificações estruturais e ou funcionais produzidas pela doença no organismo. Sabemos que os juízes (já não falemos naqueles indicados politicamente) mas nos concursos de admissão, são examinados quanto à capacidade jurídica; mas não são, senão superficialmente, examinados quanto às suas condições mentais, e não por psiquiatras; mas por leigos. Com a evolução das ciências mentais, sabe-se que pelo menos uma pessoa em 6 (seis) pode ter alterações (problemas) mentais, hoje, ainda, ouvimos na CBN uma afirmação dessas feitas por um psiquiatra. Jorge Paulete Vanrell diz em sua obra de dois tipos de criminosos: os dissociais e os anti-sociais. Se formos às obras modernas de Psiquiatria (por exemplo em manual de psiquiatria de Henry Ey, P.Bernard e C. Brisset veremos que realmente Erasmo de Rotterdan tinha razão, isto no século 16, pelos idos de 1500. A intenção deste advogado é que se melhore, de vez, os exames de ingresso de juízes e a análise de réus submetidos à justiça, porque muitos deles, eu tive casos, condenados sem nenhuma análise psicológica e nem psiquiátrica; e um deles, em que foram desprezados 4 (quatro) exames psiquiátricos, que comprovavam problemas mentais do réu, condenado a 11 anos de prisão por um delito não cometido, segundo a Súmula 145 do STF. Obviamente seria muita pretensão minha que Migalhas dispusessem tudo aquilo que pretendo estudar sobre problemas mentais; mas espero que, pelo menos, aceite esta introdução. Atenciosamente,"

Envie sua Migalha