Artigo - Prova unificada nacional para a OAB: SP está sendo destronado?

"Tenho a ousadia de me manifestar aqui a respeito do que escreveu o Luiz Flávio Gomes sobre os 'cursinhos', pois se ele ao que me consta, é um dos donos da rede LFG, a maior tele presencial do país, é um tanto suspeito, no meu entender (Migalhas 2.246 - 14/10/09 - "Decepção paulista" - clique aqui). Sou advogada há 58 anos, disse bem, 58 anos, tenho de idade, atualmente 80 anos, estudo muito ainda, sem necessitar de nenhum cursinho. Para que servem os livros, a internet, os congressos, as revistas, a mídia? Dou parabéns à TV Justiça, pelos excelentes programas ali vinculados. Esses cursinhos cobram uma razoável ou melhor exorbitante quantia, são uma fábrica de fazer dinheiro, antes de tudo. A verdade é que somos o país dos bacharéis, por tradição e costume: eu mesma, sou filha de advogado, jurista, professor, escritor, infelizmente falecido aos 40 anos de idade, vitimado por fulminante derrame cerebral. Mas o que me levou, em princípio, a escrever, é chamar a atenção do eminente, professor Luiz Flávio Gomes, para ser mais cuidadoso ao escrever, pois sei que o faz com bastante frequência e não se pode perdoar erros tão primários como a concordância pronominal: ele usou nesse artigo, 'você' com 'te', nossa juventude já não sabe escrever nada, usa muito o galicismo 'gente', aliás hoje em dia é uma constante, seu uso, não só por crianças, jovens, adultos mas também por pessoas da mais alta estirpe intelectual. Nós, os mais velhos, devemos lutar para não praticá-los, mormente na escrita. Devemos ensinar com nosso exemplo, nossa maneira de falar certo, ou pelo menos, perto do certo, pois bem sei que nossa língua não é fácil. Necessitamos lhes dizer que devem ler, ler muito e muito, eis que na minha casa, aprendi desde criança a ler muitos jornais, no mínimo três e daí por diante. Desculpe o desabafo, não sou ninguém, apenas uma velha senhora que aprecia muito suas 'migalhas'. Obrigada."