Sarney

11/12/2009
Maxeuler Abrão E Silva

"Entristece-me ver que quando se trata de defender os interesses e, diga-se, lucros, as empresas jornalísticas insistam tanto em fazer ecoar aos quatro cantos da terra o chavão ultrapassado da censura (Migalhas 2.287 - 11/12/09 - "Caso Estadão"). Quem pode dizer que a imprensa neste pais não tem liberdade, que é constantemente censurada? O caso é que sempre que um interesse econômico dos jornais é atingido explode a revolta, pois o que vende são os escândalos. Assusta-me ver que aqui adota-se a postura dos fins justificando os meios. A liberdade de imprensa é relevantíssima para o Estado Democratico de Direito, mas por isso mesmo está sujeita às leis ou então não haveria o próprio Estado Democrático. Quando um órgão de imprensa obtém gravações que estão sob segredo de justiça por meios escusos, pois, o agente que as revelou cometeu crime, apenas demonstra que não está preocupado com a democracia mas o que visa é o lucro, são as vendas, a repercução, a oportunidade mercenária para utilizar-se de suas prerrogativas que a tanto custo foram conquistadas mas que se assim for estão sendo usadas com finalidade espúria. Nesses casos, cabe a pronta atuação do judiciário para reprimir o abuso, pois, até o direito a vida poder ser mitigado, se assim não fosse estariamos não mais sob ditadura dos militares mas sob ditadura da mídia, se é que já não estamos."

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