Exame de Ordem 16/12/2009 Cleanto Farina Weidlich - Carazinho/RS "Exame de Ordem? Sempre relutei em dar opinião - e continuo defendendo e aconselhando aos colegas - sem examinar os autos do processo. Menciono esse intróito apenas para dizer, que a minha opinião sobre o Exame de Ordem, vem acompanhada de muitos sofreres, análises, recursos, mandados de segurança, pedidos de reconsideração, e o escambau. Nesses últimos dois anos, fizemos de tudo, para auxiliar alguns novéis bacharéis, a conquistar a aptidão para o exercício da advocacia, que segundo preconizava Voltaire, ... é a mais bela profissão do mundo. Com essas considerações preambulares, me filio a corrente de ilustres juristas nacionais, entre eles identifico o Professor Fernando Lima, da Universidade Federal do Pará, o Professor Doutor Cezar Saldanha de Souza Junior, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para afirmar com total ênfase e com razoável condição de convencer, ... que além da exigência ser totalmente ilegal, por razões que nessa curtíssima migalha, não se pode abordar, é imoral e injusta, pois, não há nenhuma lógica ou coerência no processo avaliativo, as equipes que corrigem as provas dissertativas, denominada de prático-profissional, não possuem formação jurídica, ou seja, são incapazes de atribuir valoração cognitiva, seguem critérios padrão, tornando a avaliação uma verdadeira loteria. Afirmo isso com conhecimento de causa, pois, inúmeros bacharéis por nós orientados e atendidos, tiveram revisão de nota, com resultados superlativos, ... aí para encerrar, pergunto? E os que não recorreram, e os que andam por aí, marginalizados, deprimidos, prejudicados, por essas avaliações absolutamente ineptas e descriteriosas? Está na hora, já passou muito da hora, de um basta contra essa injustiça! Avante movimento contra esse verdadeiro abuso, contra o livre exercício profissional da advocacia, pelos bacharéis, que se graduam aos milhares nas Universidades Brasileiras. A questão da capacidade e conhecimento, que o exame de ordem, alardeia em seu favor, o próprio mercado se encarregará de selecionar, o que não se pode admitir é esse contingente enorme de bacharéis em Direito, ficar alijado e marginalizado, sem poder exercer a mais nobre e bela das profissões, por exigência de um exame, que não mede conhecimento, não possui critérios justos de correção e avaliação, e só serve para prejudicar a auto-estima de milhares de jovens, que são condenados ao purgatório, sem ter cometido nenhum pecado. Cordiais saudações!" Envie sua Migalha