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TJ/SP - Setor Psicossocial de Ribeirão Preto comemora 10 anos

O Poder Judiciário de Ribeirão Preto comemorou na última sexta-feira, 15/10, no Salão do Júri do Fórum da cidade, dez anos do Serviço de Atendimento Psicossocial a servidores e magistrados do TJ/SP. O Setor auxilia na resolução de problemas de saúde mental e psicológica de funcionários e seus familiares.

Da Redação

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Atualizado às 08:18

 

Atendimento aos servidores

TJ/SP - Setor Psicossocial de Ribeirão Preto comemora 10 anos

O Poder Judiciário de Ribeirão Preto comemorou na última sexta-feira, 15/10, no Salão do Júri do Fórum da cidade, dez anos do Serviço de Atendimento Psicossocial a servidores e magistrados do TJ/SP. O Setor auxilia na resolução de problemas de saúde mental e psicológica de funcionários e seus familiares.

O Serviço Psicossocial começou na capital paulista em março de 2005. Funciona através da procura espontânea dos interessados e do sigilo absoluto em casos de depressão, síndrome do pânico, desintoxicação de drogas e alcoolismo, entre outros. O atendimento estende-se à família do servidor porque muitas vezes ele traz o problema de casa para o ambiente funcional, prejudicando a prestação jurisdicional. Hoje, o serviço ampliado, já funciona em outras nove Comarcas (Araçatuba, Marília, Piracicaba, Ribeirão Preto, Campinas, São José dos Campos, Bauru, Sorocaba e São José do Rio Preto).

A comemoração contou com a presença do Corregedor Geral de Justiça, desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares, fundador e presidente do Setor Psicossocial do TJ/SP. "É uma alegria imensa retornar a Ribeirão Preto. Fiz grandes amizades e vivi intensamente aqui". De acordo com o desembargador, desde que o serviço foi implantado, foram totalizados 189.952 atendimentos em todo o Estado. Só no programa de Ribeirão Preto, fundado em março de 2001, realizou-se 14.920 atendimentos. "É um número assustador", concluiu.

O juiz diretor do fórum, João Agnaldo Donizeti Gandini, começou o discurso lembrando das dificuldades do setor psicossocial alguns anos atrás. "Recordo-me quando o dr. Munhoz Soares me procurou querendo expandir o setor para mais uma cidade. Na época, não tínhamos espaço físico e nem condições para contratação de funcionários. Agora estamos em um novo momento, comemorando 10 anos do serviço em Ribeirão Preto. É uma alegria para todos nós. No começo eu tinha dúvidas sobre a sua eficácia. Hoje, a cada dia que passa, convenço-me mais de que esse serviço é fundamental", disse.

A psicóloga e diretora técnica do serviço de atendimento psicossocial dos magistrados e funcionários do TJ/SP, Leila Josefina Rodrigues Viana, comentou o trabalho inovador que a equipe do programa realiza. "Gostamos de dizer que esse serviço é de primeiro mundo porque não existem outras instituições que desempenhem trabalho dessa natureza. O psicossocial dá atenção à saúde mental, é um espaço de humanização", concluiu. Ela fez ainda considerações sobre a realidade de excessos, onde o volume de trabalho ultrapassa a capacidade real de lidar com esses problemas, como assédio moral, violência psicológica, física ou sexual, redução da quantidade de tarefas monótonas e ameaças de processos administrativos.

O juiz coordenador do serviço psicossocial, Sylvio Ribeiro de Souza Neto, observa que "apesar da necessidade, por causa da pressão do dia a dia, aliada ao estresse e problemas particulares, ainda é pequena a quantidade de juizes que recorrem ao programa".

O médico Antonio José Fernandes, em sua palestra sobre "A Busca da Qualidade de Vida", falou a respeito de temas como envelhecimento, prevenção de doenças e os principais fatores de risco, como alimentação, cigarro e estresse. "O estresse pode causar grandes estragos no organismo, enfraquecendo o sistema digestivo e afetando o coração. Aí está a grande importância do estilo de vida e de bons hábitos alimentares. As pessoas são o que ingerem, a saúde começa pela dieta", afirmou.

A programação ainda contou com a participação do juiz assessor da Corregedoria Geral da Justiça, Marco Fábio Morsello, que trouxe à tona o dilema da ética na magistratura, da supressão de valores e do relacionamento com a imprensa e da psicóloga Olga Neves Velho Arruda, que falou sobre assédio moral e suas consequências.

Ao final da solenidade, o desembargador Antonio Carlos Munhoz Soares recebeu do vereador Waldir Villela o título de Cidadão Ribeirão-Pretano, pelo reconhecimento dos relevantes serviços prestados à comunidade. "Estou honrado com esse título, minhas palavras são de nobilíssima gratidão. Saio desse recinto em que se expressou a vontade popular através de seus representantes muito mais enriquecido. Para meu orgulho pessoal, a partir de hoje faço parte desse povo", concluiu.

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Fonte : TJ/SP

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