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Em Belém, policiais prendem juiz federal por agredir a esposa

Da Redação

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Atualizado às 07:54


Que rolo !

 

Em Belém/PA, policiais prendem juiz federal em flagrante por agredir a esposa

 

De acordo com matéria publicada hoje, 18/8, no jornal Diário do Pará, o juiz da 3ª vara Federal de Belém, especializada em ações criminais, Rubens Rollo D'Oliveira, foi preso, algemado e levado para uma delegacia de polícia por estar agredindo a esposa.

 

O juiz flagrado por policiais militares teria ainda desacatado os agentes da lei no momento da apreensão.

  • Confira abaixo a íntegra da matéria.

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Diário do Pará, edição de 18/8/9.

Rubens Rollo: juiz federal detido dá explicações

Esposa de Rubens Rollo esconde o rosto ao chegar à delegaciaO juiz federal Rubens Rollo D'Oliveira, famoso por atuar em casos de grande repercussão no Pará, foi detido ontem por policiais militares e levado à Seccional da Cremação. O juiz foi acusado pelos policiais de desacato, após ter se alterado em uma discussão com sua esposa, com a qual está em processo de separação.

O fato aconteceu na Praça Batista Campos. Rollo e sua esposa iniciaram uma discussão sem motivos esclarecidos. Ambos acusaram um ao outro de agressão. Ela disse que recebeu um soco na barriga e uma bofetada, enquanto ele relatou ter sido agredido verbalmente e fisicamente. Os policiais militares Maria Amélia Dantas e o soldado Coutinho tentaram intervir na briga, mas o juiz teria se alterado mais. Por isso, os militares deram voz de prisão ao juiz.

Após alguns minutos de confusão, o juiz aceitou ser levado à Seccional da Cremação, juntamente com a esposa, que foi encaminhada em seguida à Divisão de Atendimento Especializado à Mulher. O advogado de Rollo, Luciel Caxiado, nega que o juiz tenha agredido a esposa e acusa os policiais militares de terem lhe algemado, sem necessidade, durante o ato da prisão. "O meu cliente não poderia ser algemado, já que ele não representava qualquer tipo de perigo aos policiais e já havia aceitado o deslocamento até a Seccional".

Depoimento

Na delegacia, Rollo fez valer seu direito legal de se reportar apenas ao presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, e não prestou depoimento. Na Seccional, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), pelo qual o juiz responderá por desacato à autoridade. Em sua nota de defesa, o juiz repete diversas vezes a versão de que é vítima e não autor dos crimes.

A esposa de Rollo foi até a Divisão Especializada no Atendimento à Mulher para registrar um Boletim de Ocorrência. Segundo informações da titular da divisão, Indira Gomes, a vítima não deu maiores informações à delegada Livia Cristina.

A diretora explicou que a esposa do juiz estava nervosa e disse que se encontrava com problemas de saúde. Por isso, não poderia dar maiores esclarecimentos. Ela disse que voltaria à divisão, após se recuperar dos problemas de saúde, para dar continuidade ao procedimento. Indira Gomes explicou que abrirá inquérito policial para apurar o caso.

  • Juiz emite nota a respeito de agressão :

Diário Online, 17/8/9.

Agressão: esposa de juiz não prestou depoimento

 

O juiz Rubens Rollo foi preso em flagrante por agredir a esposa. A esposa do juiz federal Rubens Rollo D'Oliveira, preso na manhã desta segunda-feira (17) na praça Batista Campos, em Belém, ainda não prestou depoimento à polícia, segundo informou a diretora da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher Violentada, Indira Gomes. O juiz foi flagrado por policiais militares no momento em que agredia a esposa em plena via pública e ainda teria desacatado os agentes da lei no momento da apreensão.

 

A mulher, que ainda não teve a identidade divulgada, se dirigiu à divisão por volta das 10h30, onde apenas registrou um boletim de ocorrência. Diante da delegada Lívia Cristina, que fez o atendimento do caso, a esposa do juiz falou pouco e preferiu não dar maiores esclarecimentos sobre o fato. "Ela disse apenas que vem sendo ameaçada pelo marido, mas não disse desde quando isso vem acontecendo e nem quais são essas ameaças", disse Indira Gomes. Segundo a diretora, a esposa do juiz teria dito que voltaria o mais breve possível para dar continuidade ao caso. "Ela estava muito abalada emocionalmente, não tinha condições de falar", disse. Não foi permitido à reportagem o acesso aos documentos.

 

A delegada explicou ainda que, como a vítima não apresentava lesões aparentes, não foi feito nenhum exame para averiguar a agressão. A divisão irá trabalhar na coleta de informações para em seguida repassá-las àos órgãos competentes. O caso foi registrado na seccional da Cremação.

 

O caso

 

Juiz federal da 3ª Vara Especializada em Ações Criminais, Rubens Rollo D'Oliveira, foi preso por volta das 10h30, na praça Batista Campos, em Belém. Ele teria brigado com a esposa e ao ser contido por policiais, teria desacatado os agentes da lei. Segundo contou o cabo R. Silva, da Polícia Militar, o juiz precisou ser algemado para ser levado para a Seccional da Cremação, onde os delegados Duarte e Nicolau Neto avaliam o caso.

A detenção do juiz foi realizada pela cabo Amélia e o soldado Coutinho, da 4ª ZPol, que estavam fazendo o policiamento na praça quando foram atender o chamado de guardas municipais de Belém, avisados da agressão. A esposa do juiz também foi levada à seccional para prestar depoimento, mas foi encaminhada para a Delegacia da Mulher.

Conforme relatou o policial, após empurrar a esposa, ele teria dado um soco na altura do estômago da mulher. O juiz se defendeu dizendo que a esposa é que teria iniciado a agressão, e que, por isso, ele teria procurado os agentes da Guarda Municipal. Mas durante o procedimento houve uma discussão que teria resultado no desacato aos policiais.

Os policiais afirmaram que o casal está em processo de separação. Ao receber voz de prisão, Rubens teria se identificado como juiz federal e dito que não poderia ser preso. Ele ainda teria xingado os policiais acusando-os de abuso de autoridade. O juiz federal Rubens Rollo D'Oliveira é conhecido e respeitado no Pará em função dos processos de grande repercussão contra o crime organizado. Ele por exemplo, foi quem decretou a prisão do ex-superintendente do Ibama, Paulo Castelo Branco.

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