Inteligência artificial na advocacia 4.0: Ferramentas benefícios e desafios éticos
Uso de tecnologia avançada transforma escritórios, otimizando processos, agilizando atendimentos e exigindo atenção à transparência e responsabilidade.
quinta-feira, 6 de novembro de 2025
Atualizado em 5 de novembro de 2025 13:35
Introdução
A prática legal sempre, sempre foi profundamente ligada à pesquisa, a redação e, claro, a atuação nos tribunais, coisas bem tradicionais. Mas, a mudança digital, sabe, mudou com força o jeito de trabalhar dos advogados, nos últimos anos, iniciando a advocacia 4.0.
A IA - Inteligência Artificial aparece como uma das inovações mais importantes, mudando tudo isso. Ela ajuda na automação de tarefas diárias, no uso do "big data" jurídico, e até, pasmem, na previsão de resultados nos processos.
Mas, essas mudanças trazem dúvidas importantes:
- A tecnologia veio pra substituir as pessoas, ou pra trabalhar junto, melhorando o que já existe?
- Como garantir que, buscando mais eficiência, os direitos básicos, tipo o de defesa e o acesso a uma justiça justa, não sejam deixados de lado?
Este texto pretende olhar o impacto da IA no direito, considerando as teorias e a prática, vendo os princípios, as aplicações práticas, os benefícios, e os perrengues que surgem.
Fundamentos acadêmicos e normativos
A utilização de IA no Direito se apoia em regras e debates legislativos, buscando casar a inovação com a segurança jurídica, entende?
Por exemplo, a resolução CNJ 332/20 estabelece orientações para o uso ético, claro e responsável de sistemas de IA no Judiciário. Essa resolução diz que as tecnologias criadas precisam ser compreensíveis e justas, certo?
No Congresso, está em andamento o PL 2.338/23, que cria o marco legal da inteligência artificial no Brasil. Essa proposta detalha princípios de transparência, responsabilidade, e também a prevenção de riscos, respeitando os direitos básicos. Se aprovada, mudará tudo sobre o uso da IA em várias áreas, inclusive a advocacia.
Pensadores, tipo Cunha Júnior e Mendes, jogaram por terra as barreiras da "justiça algorítmica", mostrando que buscar eficiência não pode ferir a imparcialidade, o contraditório e a dignidade humana.
Na vida real, vários escritórios de advocacia de todos os tamanhos, e departamentos jurídicos já usam IA no dia a dia. Alguns dos usos mais comuns incluem:
- Automatização de petições e manifestações: Ferramentas de IA agora geram peças processuais padronizadas, contestatórias em ações de consumidor e execuções. A IA não substitui o advogado, mas aumenta a produtividade, dando tempo para casos complexos.
- Atendimento automatizado e chatbots: Escritórios implementam chatbots jurídicos, a fim de responder consultas, reunir dados e também preparar contratos simples. Assim foca os advogados em tarefas mais estratégicas.
- Gestão de risco e compliance: Sistemas de inteligência artificial analisam grandes volumes de dados, identificando sinais de lavagem de dinheiro, corrupção, ou o não cumprimento de normas, montando programas de compliance.
Benefícios para a advocacia 4.0
A inclusão da IA traz vantagens valiosas à advocacia atual:
Rapidez e eficiência: Tarefas que levariam dias ou semanas podem ser terminadas em minutos.
Diminuição de custos: Os escritórios atendem mais clientes sem necessitar de aumentar a equipe.
Democratização ao acesso à Justiça: automatização de processos simples torna possível atender um número maior de pessoas.
Jurimetria estratégica: com sua precisão, exibe infos concisas, ajudando a calcular as chances de sucesso, superando a experiência subjetiva.
Desafios éticos e jurídicos
Embora vantajosa, a aplicação da IA no Direito suscita dúvidas:
- Confidencialidade e segurança de dados: a lida com dados delicados exige cuidado pra manter o sigilo profissional e a LGPD.
- Transparência algorítmica: o problema da caixa-preta (black box problem), atrapalha a compreensão dos resultados, o que pode abalar a confiança no sistema.
- Vieses e discriminação: algoritmos feitos com dados tendenciosos podem reproduzir ou até aumentar preconceitos, ferindo a igualdade.
- Responsabilidade civil: ainda precisa de debate, quem vai arcar com os danos causados por decisões da IA, o desenvolvedor, o advogado ou os dois?
Considerações finais
A advocacia 4.0 é uma realidade inegável. A aplicação da IA no Direito, sim, está crescendo, mesmo precisando de cuidado pra ser implementada. É crucial juntar a inovação com ética, tipo transparência, privacidade e também a confidencialidade na profissão. Depois da aprovação, o marco legal da inteligência artificial quem sabe trará mais segurança jurídica a essa parada toda. Em última análise, a IA deveria ser um ajudante pro advogado, sabe, melhorando suas habilidades, mas nunca substituindo a cabeça humana, não é mesmo? O futuro do Direito, com certeza, vai estar no meio termo, tipo, entre ética e tecnologia, tradição e inovação, justiça e eficiência.
Marcel Torres
Bacharel em Direito | Paralegal Inovador no Contencioso de Massa, com 1 ano de experiência no setor de contencioso de massa. Especialista na validação e otimização de defesas geradas por Inteligência Artificial.


