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Crédito consignado: Proteção para aposentados e servidores públicos

Crédito consignado: Entenda benefícios, riscos e proteções para evitar o superendividamento. Conheça os limites legais que garantem dignidade e segurança financeira para aposentados e servidores!

24/1/2025

Introdução

O crédito consignado é uma modalidade de empréstimo amplamente utilizada por aposentados, pensionistas e servidores públicos devido às suas condições aparentemente vantajosas, como taxas de juros reduzidas e descontos automáticos em folha de pagamento. No entanto, essa modalidade pode levar ao superendividamento, especialmente quando as taxas de juros não são razoáveis ou quando os limites de endividamento são ultrapassados.

Este artigo analisa os impactos do crédito consignado para esses grupos e discute a compatibilidade das taxas de juros com os princípios da razoabilidade e dignidade da pessoa humana.

O crédito consignado: Benefícios e riscos

Benefícios:

Riscos:

Taxas de juros e princípios da razoabilidade

As taxas de juros aplicadas ao crédito consignado devem respeitar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Esses princípios garantem que:

Limites de endividamento e superendividamento

A lei 14.181/21, conhecida como lei do superendividamento, trouxe importantes proteções aos consumidores, incluindo aposentados e servidores, ao prever:

Medidas para proteção dos consumidores

Para evitar os riscos associados ao crédito consignado, é essencial:

  1. Educação financeira: Informar os consumidores sobre as condições do crédito e suas consequências a longo prazo.
  2. Regulação rígida: Fortalecer a fiscalização das instituições financeiras para garantir que as taxas de juros sejam compatíveis com a capacidade de pagamento dos consumidores.
  3. Assessoramento jurídico: Disponibilizar assistência jurídica gratuita para renegociação de créditos e contestação de cláusulas abusivas.

Conclusão

O crédito consignado é uma ferramenta útil para aposentados, pensionistas e servidores públicos, desde que utilizado com responsabilidade. A conformidade das taxas de juros com os princípios da razoabilidade e os limites de endividamento são essenciais para garantir que essa modalidade não se torne uma armadilha financeira. A combinação de regulação adequada, educação financeira e assistência jurídica pode proteger os consumidores e assegurar sua dignidade.

Thiago Bragança
Advogado há 17 anos, com atuação em Direito Bancário e Empresarial, com ampla experiência em demandas envolvendo instituições financeiras. Sócio-fundador da Bragança Advogados Associados.

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