O advogado Rodrigo Tacla Duran, ex-consultor do Grupo Odebrecht refugiado na Espanha, depôs na CPMI da JBS nesta quinta-feira, 30, por videoconferência.
Durán disse que quando procurou o advogado Carlos Zucolotto, amigo e padrinho de Sérgio Moro, não sabia que o advogado era sócio da esposa do juiz Federal, mas que foi atrás dele para viabilizar a delação da Odebrecht porque "conhecia as autoridades em Curitiba que eu não tinha acesso e não consegui nos advogados em São Paulo".
Quando surgiu a notícia acerca dessa proximidade, de modo que Zucolotto teria influenciado a força-tarefa da Lava Jato, Moro declarou que Zucolotto era "pessoa idônea" e que "não devemos dar crédito a palavra de investigado".
Já o ex-consultor garante a conversa com o advogado amigo de Moro, dizendo que enviou fotos periciadas das mensagens trocadas por um aplicativo. Então ouviu as perguntas na CPMI:
Quando Zucolotto diz "vou tentar ignorar a proposta e incluir o DD na negociação", quem é o DD?
Duran - "A pessoa mais indicada é Carlos Zucolotto, não perguntei a ele quem era."
O sr. não sabe quem é o procurador DD?
Duran - "Imagino, mas não posso afirmar."