Invasão da Ucrânia, política monetária dos Estados Unidos e a entrada de investidores estrangeiros no Brasil dão o tom das aplicações de março. Todos os meses, o BTG Pactual analisa cenários como estes para fazer suas recomendações. Então veja abaixo como esses três eventos impactam sua carteira e quais são as ações indicadas para este mês.

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Fevereiro trouxe novos componentes de volatilidade para o mercado, principalmente nas questões geopolíticas. A escalada das tensões no leste europeu foi um importante fator de direcionamento de fluxo de capital estrangeiro para o Brasil.

Com a invasão da Ucrânia, os mercados globais devem direcionar uma maior parcela de alocação de capital para ativos mais seguros. Isso é intensificado dada a pouca visibilidade do cenário atual em relação ao desenrolar do conflito e ao impacto das sanções impostas pelos Estados Unidos e pela OTAN.

Em outra frente, a firme postura do FED relativa à política monetária americana motivou uma forte performance dos ativos de valor, como bancos e commodities, por exemplo. Isso gerou uma rotação de ativos expostos ao fator de risco crescimento para os expostos ao fator de risco valor.

O Brasil se beneficia disso por conta da sua exposição à retomada de estímulos na China e maior relevância de setores de valor no Ibovespa. Assim, o fluxo de entrada de investidores estrangeiros no país segue acelerado. O número mais recente aponta a entrada de quase R$ 70 bilhões na bolsa brasileira.

Além disso, a temporada de resultados trimestrais segue intensa no Brasil e, de forma geral, observa-se uma temporada saudável. Isso dá suporte ao interesse pelo mercado de ações brasileiro, que segue negociando com bastante desconto quando observado em perspectiva histórica.

Por isso, na prática, uma das alterações da carteira das 10 melhores ações para se investir em março foi a entrada do Banco do Brasil (BBAS3). Na carteira de BDRs, uma das empresas retiradas é Facebook (FBOK34), enquanto entram Microsoft (MSFT34) e Visa (VISA34), entre outras mudanças.

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