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"Roteiro de Psiquiatria Forense"

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Atualizado em 16 de fevereiro de 2011 10:05


Roteiro de Psiquiatria Forense

 

 

 







Editora:
Saraiva
Autor: Antonio José Eça
Páginas: 396

 

 

 

 

 

A obra busca destacar, em linguagem simples e formato didático - apresenta quadros, chaves, resumos -, a relação "entre o portador de transtornos mentais e as eventuais implicações jurídicas" daí decorrentes.

Começa o autor por ensinar que as funções psíquicas estão divididas em pensar, sentir, querer, agir. Chama-se personalidade à combinação que cada indivíduo faz desses elementos, e não deve ser confundida com o caráter, que é apenas um de seus componentes (manifestação objetiva da pessoa). Parte dos integrantes da personalidade é adquirida, outra parte é inata ao sujeito. À parte inata chama-se constituição (conjunto de caracteres morfológicos e físico-químicos do indivíduo). Temperamento, por sua vez, é o conjunto de suas qualidades afetivas. O temperamento define as tendências afetivas básicas do indivíduo e o caráter expressa a maneira peculiar e habitual de atuar e proceder na vida.

Os distúrbios da personalidade podem dar-se dentro de qualquer dessas quatro instâncias, mas talvez no querer (que desdobra-se em instinto, impulsividade e vontade propriamente dita) e no agir (que pode ser positivo, negativo, restivo, automático, afetivo, impulsivo e volitivo) estejam concentrados os grandes pontos de interesse da psiquiatria forense.

Dentre os principais distúrbios conhecidos, o autor discorre sobre a oligofrenia, patologia em que a função da inteligência mais sofre alterações; a esquizofrenia, "a pior e mais séria patologia que se pode encontrar na especialidade" [da psiquiatria]; a psicose epilética, denominação hoje utilizada para uma série de distúrbios correlatos, em que o funcionamento elétrico do cérebro sofre variações momentâneas; o distúrbio bipolar (também conhecido por psicose maníaco-depressiva), a psicose puerperal.

São analisados, ainda, o uso de substâncias psicoativas e as personalidades psicopáticas, terreno controvertido em que as pessoas conseguem manter "a aptidão para dirigir sua vontade", embora sejam capazes de apresentar comportamentos absolutamente antissociais, grande seara de desentendimento, segundo o autor, entre o Judiciário e a Medicina.

Todo o texto é perpassado por casos práticos e exemplos de peças (laudos, requerimentos, diagnósticos).

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 Ganhador :

Thiago Mello d'Almeida, assistente jurídico do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, de Niterói

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