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Concepções políticas 2018

A mudança necessita acontecer agora, com cada um de nós, das pequenas ações até as grandes, das micropolíticas até a macro. Corrupção é corrupção, independente do seu tamanho.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Atualizado em 16 de abril de 2018 07:30

A situação política atual, principalmente no que se diz a esfera nacional, vem passando por certas mudanças que marcam o início de uma nova era. O clamor social por uma "passagem a limpo" de certos precedentes até então vistos como um mecanismo político, hoje se tem por algo extremamente negativo por grande parte da população; não se tem mais hoje, a ideia de que política é um mero tapinha nas costas em vésperas de eleição ou um verdadeiro escambo em troca de votos. A sociedade brasileira hoje tem por política, algo muito mais além disto.

É necessário observar que os objetos ao longo do tempo mudaram e temos que ter o discernimento para esta adequação. A ideia de populismo não pode se confundir com assistencialismo. Há uma grande diferença em políticas sociais, que permitem uma porta de entrada para o assistido más que acima de tudo, possa permitir também uma porta de saída. Não faz muito sentido uma medida populista onde os índices de dependentes crescem, isto vira alienação e mais uma vez ressalto, assistencialismo para jogo político. O cenário político, precisa além de tudo, pessoas que mostre a capacidade de ação e além de tudo, que deposite confiança nas pessoas e possa a devolver esperança nos olhos daqueles que precisam.

Passamos ultimamente por um momento histórico, onde tivemos claramente o declínio de um grande líder político, indo do ápice nacional a penitenciaria. Sem a menor dúvida, o crime cometido independente de quem seja e muito menos de qual partido for, há de ser punido. É uma vergonha para os cidadãos, ter que acordar diariamente com noticiários claramente marcado por corrupção, esquemas, desvios... a sensação de impunidade muitas vezes aparenta dizer que o "crime compensa". É um absurdo casos de foro privilegiado, onde não restam dúvidas de crimes, porem por uma questão política, o julgamento se anula ao longo do tempo, enquanto um indivíduo hipossuficiente, não possui a mínima condição de um simples recurso.

A política hoje está sendo passada a limpo pela urgente necessidade de credibilidade e acima de tudo, reverter a situação de que a justiça só condena "negro, pobre com 10 gramas de maconha", temos que ter uma justiça JUSTA, onde se chegue aos grandes assim como chega aos pequenos. Muito se discutiu recentemente sobre o cumprimento da pena em 2 instancia, e isto me instigou. Ora! Quantos indivíduos já cumprem suas penas com decisão em 1 instancia, e porque no caso do ex- presidente, houve todo esse "barulho"? Será que realmente há equidade? Os desvios causados no esquema do mecanismo de corrupção, desvios, sem menor duvidas, mataram muitos sonhos, tiraram muitas vidas em filas de hospitais sucateados, tiraram o direito de estudar de crianças, fizeram com que muitos pais de família perdessem seu emprego e não ter a condição de dar um alimento digno aos filhos e esposa. Más de que adianta discutir sobre Maria, Ana, Bruno, se quando tem os recursos do ex-presidente para nos dispersar!

O Brasil não aceita mais este tipo de conduta do "Pão e Circo", é preciso mostrar respeito, devolver a credibilidade, ter eficiência ao invés de ser um "populista", é devolver sonhos ao invés de mata-los com a esperança de mudar. A mudança necessita acontecer agora, com cada um de nós, das pequenas ações até as grandes, das micropolíticas até a macro. Corrupção é corrupção, independente do seu tamanho.

O Brasil não merece mais prolongamento do mito de Dom Sebastião, não podemos mais esperar o salvador, a salvação está dentro de cada herói brasileiro.

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*Paulo Bruno Ruinho é correspondente jurídico.

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