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O planejamento da gestão do seu escritório define seus objetivos e expectativas para o futuro

Novos métodos de gestão de escritórios de advocacia são a única forma eficaz e moderna de manutenção de sua atuação, especialmente perante a um mercado competitivo, que passa a exigir uma visão empresarial e estratégica para agregar e manter clientes.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Atualizado em 20 de abril de 2018 09:38

O crescimento da economia em tempos de globalização e o avanço da tecnologia agregaram aos serviços uma aceleração rápida de demanda e retorno imediato da prestação de serviço. Desse modo, os escritórios de advocacia foram diretamente atingidos, aumentando a concorrência, gerando uma certa instabilidade econômica nas receitas das bancas e uma grande dificuldade no controle da demanda.

Entende-se que esse novo ambiente histórico afetou diretamente a advocacia, exigindo dos advogados uma prestação de serviço mais rápida e complexa, sem perder a qualidade. Por isso, a advocacia antiga, clássica, perdeu seu sentido. Um advogado não consegue mais manter todas as funções de gestão de um escritório e, ainda, apresentar esse novo padrão de serviço exigido. É por isso que administrar, gerenciar e executar os serviços de advocacia exigiu dos profissionais desse mercado uma readequação dos métodos utilizados para o trabalho.

Novos métodos de gestão de escritórios de advocacia são a única forma eficaz e moderna de manutenção de sua atuação, especialmente perante a um mercado competitivo, que passa a exigir uma visão empresarial e estratégica para agregar e manter clientes. Seja de pequenos e artesanais escritórios de advocacia - ditos "boutiques" -, seja das grandes bancas e firmas de advocacia.

Nesse universo, as atividades têm que ser executadas de modo a facilitar a rotina do advogado, que deve estar constantemente buscando aprimorar o seu trabalho, que exige permanente atualização e qualificação. Para assegurar o cumprimento dessa meta de gestão, é indispensável um novo sistema no qual os gestores condutores das atividades de cada área - financeira, planejamento e jurídica - definam um processo com a estrutura correspondente ao planejamento, execução e controle, gerando segurança e sucesso nas decisões.

Planejamento é decidir antecipadamente, direcionando opções para uma alternativa por meio dos resultados disponíveis, os quais devem estar embasados em um grau de risco aceitável. Para atender ao fato de se desejar traçar o futuro, faz-se necessário compreender o conceito de planejamento e o objetivo de desenvolvê-lo. Entende-se, do conceito de planejamento, que há uma cadeia utilizada para enquadrar os objetivos da empresa, metas e princípios, interagindo com a política de mercado - deixando o ambiente organizado e adequado ao quanto planejado.

O que define o planejamento estratégico é o modus operandi de contabilizar o ambiente externo juntamente com o interno, proporcionando uma postura correspondente ao direcionamento inicialmente traçado.

Aliás, a análise do planejamento estratégico é diária, necessitando de um acompanhamento específico, buscando-se uma constante melhoria nos projetos que estão sendo concretizados. Logo, o planejamento estratégico traz o que há de mais moderno para performance administrativa, para otimizar o tempo junto aos recursos disponíveis e organizando os dados para ampliar o tempo de dedicação e aperfeiçoamento no trabalho.

Quando isso ocorre, consegue-se desenvolver atividades eficientes, precisas e seguras gerando o diferencial no mercado. A tecnologia é nossa aliada à aplicação do Direito para superar as concorrências, conquista de clientes e foco na diferenciação da prestação de serviço.

A adoção de um planejamento é expressamente quantitativa no plano de ação e, principalmente, quando as condições econômicas do mercado interferem diretamente nos resultados. O que merece destaque na importância da visão geral junto ao planejamento.

Assim, o propósito é definir objetivos para o futuro e meios necessários para alcançá-los abrangendo todos os membros da empresa, mantendo o controle e o feedback das ações. No que tange ao planejamento como fator importante que interfere diretamente na gestão do escritório, percebe-se que, sem o devido planejamento, o escritório pode ser atingido de tal modo que prejudique seu futuro como advogado, gestor, administrador e empresário.

É possível identificar a premissa negativa exposta sobre o planejamento estratégico, visto que de nada adiantar planejar se na prática os efeitos são divergentes. Assim, tudo se torna obsoleto quando o planejamento e a execução não são devidamente aplicados. Não é simples. É uma atividade que depende de percepções e novas análises do que está sendo praticado. O seu futuro pode ser assegurado se optar por ampliar as técnicas, conhecimento e estruturar um planejamento.

Embora haja críticas sobre o planejamento estratégico e sua aplicabilidade nos escritórios de advocacia, essas não ultrapassam a questão de procedimentos. Diante de uma instabilidade financeira decorrente da economia do país, é necessário adequar-se aos novos métodos de gestão. A advocacia deve caminhar lado a lado com o desenvolvimento da tecnologia. Não adotar novos métodos significa aposentar a advocacia.

Deixar de lado os métodos de gestão que são necessários para o novo cenário da advocacia é, sem dúvida, fechar os olhos para o futuro. A compreensão que se exige dos advogados para agregar as metodologias aos sistemas e inovar, é de que a advocacia não é mais a mesma. Atualmente, ser advogado atuante no mercado exige muito mais do que ser qualificado apenas para uma simples advocacia.

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* Kamille Ziliotto é advogada/gestora do escritório GSG Advocacia.

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