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Guarda compartilhada: uma evolução legislativa em favor da proteção infantil

A lei 14.713/23 marca uma evolução na legislação de Guarda Compartilhada, buscando proteger crianças em situações de violência familiar. O texto explora os impactos positivos desse avanço, destacando a importância dessa mudança para a proteção e equilíbrio dos direitos parentais.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Atualizado às 14:58

Contextualização da guarda compartilhada

A Guarda Compartilhada tem sido um modelo progressista na legislação familiar brasileira, promovendo a responsabilidade conjunta dos genitores no cuidado e na educação dos filhos. Este modelo busca equilibrar os direitos e deveres maternos e paternos, assegurando o bem-estar da criança ou adolescente. A nova legislação vem para aprimorar esse modelo, garantindo maior segurança e proteção.

A lei 14.713/23 e suas implicações

A lei 14.713/23 introduz uma salvaguarda crucial no modelo de guarda compartilhada: a impossibilidade de sua aplicação em casos onde há risco de violência doméstica ou familiar. Esta medida é um avanço significativo, pois coloca a segurança e o bem-estar da criança como prioridade máxima. Ao impedir a guarda compartilhada em situações de risco, a lei protege a criança de um ambiente potencialmente prejudicial.

A principal vantagem dessa atualização legislativa é a proteção reforçada que oferece às crianças e adolescentes. Em um contexto onde a violência doméstica ainda é uma realidade preocupante, medidas como essa são essenciais. Além disso, a lei promove uma maior conscientização sobre a gravidade da violência doméstica, incentivando a sociedade a reconhecer e combater esse problema.

Impacto no sistema jurídico e social

Do ponto de vista jurídico, a nova lei traz mais clareza e direcionamento para os magistrados nas decisões sobre a guarda compartilhada. Isso contribui para uma maior uniformidade nas decisões judiciais, assegurando que o interesse da criança seja sempre o foco principal. Socialmente, a lei reforça a mensagem de que a violência doméstica é inaceitável e que o sistema legal está comprometido em proteger os mais vulneráveis.

Para os profissionais da área, esta lei representa um novo paradigma. É essencial que advogados, assistentes sociais e psicólogos estejam bem informados sobre as mudanças para orientar adequadamente as famílias envolvidas. A capacitação contínua e a sensibilização sobre as questões de violência doméstica são cruciais para a aplicação efetiva da lei.

Conclusão

A lei 14.713/23 é um exemplo de como a legislação pode evoluir para atender às necessidades emergentes da sociedade, especialmente no que diz respeito à proteção de crianças e adolescentes. Ao ajustar o modelo de guarda compartilhada para excluir situações de risco, o Brasil dá um passo significativo na direção certa. Essa mudança legislativa não apenas protege os menores em situações vulneráveis, mas também reforça a importância de um ambiente familiar seguro para o desenvolvimento saudável da criança. Como especialistas e cidadãos, devemos apoiar e promover iniciativas como essa, que visam a construção de uma sociedade mais justa e segura para todos.

Igor Bortoluzzi

VIP Igor Bortoluzzi

Formado em Direito pela UNIRITTER, possui carreira sólida com foco em contencioso e consultivo.

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