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Black Friday: Como golpes afetam empresas e consumidores, e o que fazer para prevenir prejuízos

Peterson dos Santos

A Black Friday atrai tanto ofertas quanto golpes. Fraudes prejudicam consumidores e empresas, manchando reputações e aumentando custos. Proteção e prevenção são essenciais.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Atualizado em 12 de novembro de 2024 14:47

A Black Friday é um dos momentos mais aguardados do calendário comercial, tanto para clientes quanto para empresas, com promessas de ofertas irresistíveis e aumento exponencial de vendas. Contudo, o que muitos não percebem é que, além das oportunidades, esse período também traz um aumento expressivo nos golpes e fraudes, afetando não apenas os compradores, mas as próprias empresas.

Embora os consumidores sejam frequentemente vistos como as principais vítimas, as companhias sofrem consequências profundas, que vão além da perda de receita. Um golpe pode manchar a reputação, gerar desconfiança nos clientes e aumentar significativamente os custos operacionais.

De acordo com uma pesquisa da ClearSale, em 2022, foram registrados mais de 40 mil pedidos fraudulentos durante a Black Friday. Em 2023, o prejuízo ultrapassou R$ 10 milhões. Outro levantamento da Kaspersky, empresa de cibersegurança, apontou mais de 30 milhões de ataques focados em compras online, sistemas de pagamento e instituições bancárias no mesmo ano.

Esse cenário evidencia que os dois lados estão na mira dos criminosos.

Golpes mais comuns na Black Friday

Com o aumento das transações e o ambiente acelerado das compras online, os criminosos digitais aproveitam a oportunidade para aplicar diversos tipos de golpes. Os mais comuns incluem:

  • Pharming: Redireciona o tráfego de sites legítimos para sites falsos, levando os clientes a inserir dados pessoais e financeiros nessas páginas.
  • Phishing: Uso de e-mails ou mensagens falsificadas para roubar informações dos consumidores. Empresas podem ver seu nome utilizado em ataques, prejudicando sua reputação.
  • Golpe do pix e golpe da maquininha: Fraudes envolvendo métodos de pagamento populares, especialmente aqueles que oferecem transações rápidas e muitas vezes sem verificação dupla.

Como proteger sua empresa

Com esse cenário desafiador, é essencial que as empresas adotem medidas preventivas robustas para mitigar os riscos durante a Black Friday, como:

  • Fortalecer a segurança digital: Invista em sistemas de proteção, como criptografia SSL, autenticação de dois fatores e monitoramento constante de transações suspeitas.
  • Educar os consumidores: Utilize seus canais de comunicação para alertar seus clientes sobre os riscos de fraudes e como identificá-las.
  • Treinar a equipe: Funcionários bem treinados são essenciais para identificar e responder rapidamente a atividades suspeitas. O atendimento ao cliente também deve ser capacitado para lidar com essas situações de forma eficiente.
  • Monitorar transações em tempo real: Ferramentas de detecção de fraudes, como as oferecidas por empresas de cibersegurança, podem identificar comportamentos anômalos e preveni-las antes que prejudiquem o negócio. 

A Black Friday oferece grandes oportunidades para aumentar as vendas e conquistar novos clientes, mas é um período de alto risco para fraudes. Proteger sua empresa é uma prioridade, tanto para evitar prejuízos financeiros quanto para manter a confiança dos seus clientes. Prevenção é sempre o melhor caminho, e investir em segurança e educação aumenta as chances de vencer esse cenário desafiador.

Peterson dos Santos

Peterson dos Santos

advogado especialista em Combate às Fraudes, Recuperação Estratégica de Ativos e Direito Civil. Sócio-Diretor da Eckermann | Yaegashi | Santos - Sociedade de Advogados

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