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Quanto tempo leva o acerto pós perícia do INSS?

O acerto pós-perícia do INSS corrige pendências após a perícia médica e pode atrasar o benefício. Saiba como resolver e evitar problemas.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Atualizado em 11 de abril de 2025 13:05

Se você fez uma perícia no INSS e ainda não recebeu o pagamento do benefício, pode ser necessário fazer um acerto pós-perícia. Mas afinal, o que é e quanto tempo leva o acerto pós-perícia? Muitas pessoas acham que o pagamento é liberado automaticamente após a perícia, mas isso nem sempre acontece. Se houver algum erro ou informação incorreta, o INSS pode segurar o pagamento até que tudo seja corrigido.

Neste artigo, vamos explicar de forma simples o que é esse processo, por que ele acontece, quanto tempo pode levar e como resolver essa situação para você receber seu benefício o mais rápido possível. Continue lendo para entender melhor!

O que é o acerto pós-perícia do INSS?

O acerto pós-perícia do INSS é um procedimento para corrigir pendências que podem impedir o pagamento do benefício após a avaliação médica. Esses erros podem estar relacionados a dados cadastrais incorretos, vínculos de trabalho desatualizados ou informações de pagamento inconsistentes.

O resultado da perícia geralmente é divulgado até as 21h do mesmo dia e pode ser consultado pelo telefone 135 ou pelo aplicativo Meu INSS. No entanto, atrasos no sistema podem ocorrer, assim como a necessidade de ajustes nos dados. Se for apenas uma demora no processamento, basta acompanhar a atualização. Mas, caso haja alguma falha, será necessário regularizar a situação para garantir o recebimento do benefício por incapacidade.

Muitos pedidos de benefícios são negados por erros simples. Além disso, para evitar problemas que possam levar à necessidade de ajustes após a perícia, é fundamental estar bem preparado para a avaliação médica.

O acerto pós-perícia acontece quando há falhas que impedem o pagamento do benefício. Após a perícia, o INSS pode identificar a necessidade de corrigir ou adicionar informações para finalizar a análise. Confira a seguir as principais situações que exigem esse ajuste.

Erros cadastrais

Pequenos erros no nome, CPF ou NIT - Número de Identificação do Trabalhador podem atrasar o processo de concessão do benefício. Isso inclui divergências nos sobrenomes, informações faltando ou inconsistências entre os registros do INSS e os documentos pessoais do segurado.

Informações trabalhistas incorretas

Se uma empresa não registrou corretamente o tempo de trabalho ou houve atraso nas contribuições, o INSS pode não reconhecer o tempo de serviço ou o valor dos salários. Nessa situação, é necessário atualizar as informações para que o benefício seja calculado corretamente e dentro do prazo.

Falta de documentos obrigatórios

O INSS pode solicitar documentos como a CTPS - Carteira de Trabalho, a DUT - Declaração de Último Dia Trabalhado ou comprovantes de atividade para trabalhadores autônomos e MEIs. A ausência desses documentos pode causar atrasos no processo na aprovação do benefício, tornando necessário providenciar e apresentar os documentos que faltam para regularizar a situação.

Problemas com contribuições previdenciárias

Se o segurado fez contribuições abaixo do salário mínimo ou houve algum erro no pagamento, será necessário regularizar esses valores para garantir o direito ao benefício. Além disso, quem contribuir como facultativo de baixa renda precisa validar essa condição com o INSS para garantir que as contribuições sejam devidamente registradas.

Divergências no histórico previdenciário

Em alguns casos, o sistema pode não reconhecer períodos de contribuição devido a erros ou falhas nos registros. Nessa situação, o segurado deve apresentar comprovantes de pagamento, como guias ou extratos do CNIS - Cadastro Nacional de Informações Sociais, para corrigir o histórico e garantir que o tempo de serviço seja contabilizado corretamente.

Necessidade de atualização de dados do empregador

Quando o CNPJ da empresa onde o segurado trabalhou foi alterado ou houve erro no registro da fonte pagadora, isso pode gerar erros no sistema do INSS. Nesses casos, é preciso corrigir os dados do empregador para receber o benefício a que tem direito sem atrasos. Portanto, se o INSS solicitar essa regularização, é importante agir rapidamente para evitar problemas.

Quanto tempo o acerto pós-perícia fica em análise?

Em regra, após o envio dos documentos necessários, o INSS tem um prazo de 5 dias úteis para resolver o acerto pós-perícia. Ou seja, dentro desse período, o órgão deve liberar o resultado da perícia ou o pagamento do benefício, caso o pedido seja aprovado. Mas, devo alertar que esse prazo, geralmente, não é cumprido pelo INSS, que muitas vezes, pode ficar com o processo em análise por meses.

No entanto, o INSS nem sempre cumpre esse prazo. Há casos em que o processo se arrasta por meses, causando grandes transtornos aos segurados, principalmente para aqueles que dependem do auxílio-doença para se sustentar. Se esse for o seu caso, busque ajuda de um advogado especialista em benefícios do INSS para resolver a situação o quanto antes.

Por que o acerto pós-perícia demora?

A demora no acerto pós-perícia do INSS pode acontecer por vários motivos. Entre os principais estão o grande número de pedidos, a necessidade de ajustes mais complexos, a atualização do sistema, a análise manual dos documentos e possíveis erros na documentação enviada.

Veja como cada um desses fatores pode afetar o tempo de espera para a liberação do benefício:

  • Muitos pedidos ao mesmo tempo: O INSS recebe uma grande quantidade de solicitações diariamente, o que pode causar filas e atrasos no atendimento;
  • Correções mais difíceis: Alguns ajustes são simples e resolvidos rapidamente, mas outros, como erros em registros trabalhistas, exigem mais tempo de análise;
  • Sistema em atualização: Mesmo após a regularização dos dados, o sistema pode demorar alguns dias para reconhecer as mudanças;
  • Revisão manual: Em alguns casos, um funcionário precisa conferir os documentos, o que pode deixar o processo mais lento;
  • Erros na documentação: Se os documentos estiverem errados ou incompletos, pode ser necessário reenviar tudo, o que reinicia parte do processo;

Para evitar mais atrasos, é importante acompanhar o pedido regularmente. Se o prazo estiver demorando mais do que o esperado, uma opção é registrar uma reclamação na ouvidoria do INSS para tentar agilizar o processo.

Como fazer o acerto pós-perícia?

Para realizar o acerto pós-perícia, é necessário seguir um processo organizado. O primeiro passo é identificar o que está impedindo a aprovação do seu benefício. Abaixo, confira o passo a passo para regularizar a situação.

Passo 1: Entre em contato com o INSS

O primeiro passo é ligar para o número 135, o canal de atendimento do INSS. Informe que precisa regularizar uma pendência após a perícia médica. O atendente explicará qual é o problema e quais documentos você precisará enviar. Anote todas as informações para garantir que não falte nenhum documento.

Passo 2: Organize os documentos

Após saber quais documentos são necessários, reúna tudo o que foi solicitado. Alguns dos documentos mais comuns incluem:

  • Identidade, CPF e comprovante de residência;
  • CTPS - Carteira de Trabalho;
  • DUT - Declaração do Último Dia Trabalhado;
  • Comprovantes de atividade rural ou autodeclaração de segurança especial, se aplicável;
  • Guias de pagamento ou carnês do INSS (para contribuintes individuais);
  • Outros documentos que o INSS pedir.

É fundamental ter os documentos organizados e digitalizados corretamente, pois isso facilita o envio e previne atrasos.

Passo 3: Acesse a plataforma Meu INSS

Com os documentos em mãos, acesse a plataforma Meu INSS, disponível no site ou pelo aplicativo. Faça login com seu usuário e senha.

Passo 4: Localize o requerimento

No Meu INSS, encontre o seu requerimento de benefício, geralmente relacionado ao auxílio-doença ou outro benefício que passou pela perícia médica. Busque pela opção "Auxílio-doença (Acerto Pós-Perícia)" e clique nela para visualizar os detalhes do seu requerimento.

Passo 5: Anexe os documentos

Na página do seu requerimento, localize a seção de "Anexos". Lá, você deve fazer o upload de todos os documentos solicitados. Lembre-se de enviar os arquivos em formatos permitidos (PDF, PNG, JPEG, entre outros), e o tamanho máximo de cada arquivo é 5 MB. O formato PDF é recomendado por ser o mais compatível.

Passo 6: Finalize o envio

Após anexar todos os documentos, revise para garantir que nada foi esquecido. Quando tudo estiver correto, envie e aguarde a confirmação do recebimento. Se necessário, explique brevemente a situação no campo indicado.

Passo 7: Acompanhe o processo

Após enviar os documentos, continue acompanhando o andamento do processo. Seguindo esses passos, você pode resolver a sua situação e agilizar o pagamento. Embora o processo possa levar algum tempo, com os documentos corretos, as chances de resolução rápida são maiores.

Como saber se o acerto pós-perícia foi aprovado?

Se você fez o acerto pós-perícia e está aguardando o resultado, pode acompanhar a atualização de forma rápida e fácil. O resultado da perícia pode ser consultado pelo aplicativo ou site Meu INSS , pelo telefone 135 ou, se necessário, diretamente em uma agência do INSS. Veja abaixo o passo a passo para acompanhar seu processo e entender melhor cada etapa:

Acesse o Meu INSS

Entre no site ou no aplicativo usando seu CPF e senha. Se ainda não tiver cadastro, crie uma conta rapidamente. Localize a solicitação do benefício e clique para ver os detalhes. Se o acerto for concluído, o status aparecerá como "Finalizado" ou "Aprovado". Caso ainda esteja em análise, o processo continuará como "Em andamento".

Consulte o resultado da perícia

Além do status do benefício, você pode verificar o laudo da perícia médica. Se ele já tiver sido concluído, o sistema indicará se o benefício foi concedido, indeferido ou se ainda há pendências a serem resolvidas.

Ligue para o INSS

Se você tiver dificuldades para acessar as informações ou dúvidas sobre o processo, entre em contato com a Central 135. O atendente poderá informar se o acerto foi aprovado ou se precisa de correção.

O que fazer se não sair o resultado do pós-perícia?

Se o resultado da perícia não aparecer, tome as seguintes medidas:

  • Entre em contato com o INSS: Ligue para o 135 e solicite esclarecimentos. Pode ser necessário enviar documentos como carteira de trabalho ou comprovantes de pagamento;
  • Acompanhe as exigências: Se houver documentos adicionais solicitados, eles aparecem na seção "Exigências" do Meu INSS. Lembre-se de enviar a documentação dentro do prazo estipulado;
  • Confira os laudos médicos: No aplicativo, acesse essa seção para entender a avaliação do perito. Isso ajuda especialmente se o benefício for negado, facilitando a preparação para um recurso.

Agir rapidamente e acompanhar o processo de perto é essencial para evitar atrasos e garantir que seu direito seja respeitado.

Conclusão

O acerto pós-perícia do INSS é essencial para garantir o recebimento de benefícios de capacidade. Sem ele, o segurado pode ficar sem receber o pagamento, mesmo tendo sido aprovado na perícia médica. Embora o prazo oficial para resolver o acerto seja de 5 dias úteis após o envio dos documentos, muitos processos demoram meses, causando sérias dificuldades para quem depende do benefício.

Para evitar atrasos, é fundamental acompanhar o status do seu processo e enviar rapidamente os documentos solicitados. Se o prazo for ultrapassado, buscar a ajuda de um especialista em Direito Previdenciário pode ser decisivo para agilizar a liberação do benefício. Um profissional experiente sabe como evitar erros na documentação, que podem atrasar ainda mais o processo ou até mesmo reiniciar parte dele.

A demora no acerto pós-perícia ocorre, muitas vezes, por falhas no sistema, documentação incompleta ou alta demanda de processos. Por isso, é crucial agir de forma proativa, corrigindo erros cadastrais, atualizando informações trabalhistas e resolvendo erros no histórico previdenciário. Afinal, o acesso a benefícios é um direito fundamental para quem está incapacitado e precisa desse recurso para se sustentar.

André Beschizza

André Beschizza

Dr. INSS. Advogado, sócio-fundador e CEO do André Beschizza Advogados (ABADV) especialista em direito previdenciário, bacharel em direito pela FIPA (2008), Catanduva-SP. Especialistas em INSS.

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