Como o Google avalia sites de escritórios de advocacia: Critérios, estratégias e oportunidades
Compreender como o Google ranqueia sites jurídicos é essencial para atrair clientes, ganhar autoridade digital e destacar-se com conteúdo técnico e estratégico.
segunda-feira, 28 de julho de 2025
Atualizado em 25 de julho de 2025 10:14
Imagine um potencial cliente buscando no Google por "advogado especialista em holding familiar em São Paulo". Ele não conhece nomes de escritórios, mas precisa de alguém confiável, técnico e experiente. O que define quais sites aparecerão nas primeiras posições? E por que alguns escritórios são encontrados com facilidade, enquanto outros permanecem invisíveis?
A resposta está na forma como o Google avalia e ranqueia os sites jurídicos. Para escritórios de advocacia que desejam fortalecer sua autoridade digital, atrair clientes qualificados e se destacar no ambiente online, compreender esses critérios é mais do que uma vantagem - é uma necessidade estratégica.
O que o Google valoriza em sites jurídicos
O algoritmo do Google é projetado para entregar aos usuários os resultados mais relevantes, seguros e confiáveis. No universo jurídico, isso significa priorizar sites que ofereçam conteúdo técnico de qualidade, experiência comprovada e uma estrutura digital sólida.
O conteúdo é o primeiro pilar. O Google favorece textos originais, bem escritos e que respondam com profundidade às dúvidas do público. No caso de escritórios de advocacia, isso inclui artigos explicativos sobre temas complexos, atualizações legislativas, análises de jurisprudência e conteúdos educativos que traduzem o juridiquês para uma linguagem acessível.
Além disso, o conceito de E-E-A-T (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness) é central na avaliação de sites jurídicos. O buscador analisa se o conteúdo é produzido por profissionais com experiência prática, formação técnica e reconhecimento no setor. Menções em veículos de imprensa, rankings jurídicos e diretórios especializados também contribuem para a construção dessa autoridade digital.
Outro fator decisivo é a estrutura técnica do site. O Google valoriza páginas que carregam rapidamente, são responsivas (adaptadas para dispositivos móveis), possuem URLs amigáveis e uma arquitetura clara de navegação. Sites com certificados de segurança (HTTPS), políticas de privacidade visíveis e dados institucionais transparentes também ganham pontos em confiabilidade.
Estratégias para melhorar o ranqueamento de um site jurídico
A produção de conteúdo com inteligência de SEO é uma das estratégias mais eficazes. Isso envolve a escolha de palavras-chave com bom volume de busca e baixa concorrência, além da criação de textos que respondam à intenção de busca do usuário. Termos long tail, como "como funciona a recuperação judicial para pequenas empresas", tendem a gerar tráfego mais qualificado.
A frequência de atualização também é relevante. Sites que publicam com regularidade e mantêm seus conteúdos atualizados demonstram ao Google que estão ativos e comprometidos com a qualidade da informação.
Outro ponto importante é a linkagem. A interna conecta artigos e páginas dentro do próprio site, facilitando a navegação e a indexação. Já a externa - os backlinks - envolve conquistar links de sites confiáveis, como veículos de imprensa, universidades e associações jurídicas, o que fortalece a autoridade do domínio.
O que evitar: Práticas que prejudicam o ranqueamento
Algumas práticas podem comprometer seriamente a performance de um site jurídico. Entre elas, o uso de conteúdo duplicado (copiado de outros sites), o excesso de palavras-chave (keyword stuffing) e promessas indevidas, como "garantimos ganho de causa", que violam o Código de Ética da OAB e podem prejudicar a reputação do escritório.
Estar bem posicionado no Google não é apenas uma questão de visibilidade - é uma forma de construir autoridade, educar o mercado e atrair oportunidades estratégicas. Para escritórios de advocacia, investir em SEO jurídico com ética e inteligência é transformar o site em um ativo de reputação.
Sergio Lucchesi
Jornalista e social media da M2 Comunicação Jurídica


