sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

aspas

A enchente é uma parada na vida. Preso nas malhas dos igarapés, o homem aguarda, então, com estoicismo raro ante a fatalidade incoercível, o termo daquele inverno paradoxal, de temperaturas altas. A vazante é o verão. É a revivescência da atividade rudimentar dos que ali se agitam, do único modo compatível com uma natureza que se demasia em manifestações díspares tornando impossível a continuidade de quaisquer esforços. Tal regímen acarreta o parasitismo franco. O homem bebe o leite da vida sugando os vasos túmidos das sifônias...

A enchente é uma parada na vida. Preso nas malhas dos igarapés, o homem aguarda, então, com estoicismo raro ante a fatalidade incoercível, o termo daquele inverno paradoxal, de temperaturas altas. A vazante é o verão. É a revivescência da atividade rudimentar dos que ali se agitam, do único modo compatível com uma natureza que se demasia em manifestações díspares tornando impossível a continuidade de quaisquer esforços.  Tal regímen acarreta o parasitismo franco. O homem bebe o leite da vida sugando os vasos túmidos das sifônias...
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REFERÊNCIA
Trecho retirado do livro "Os Sertões (Campanha de Canudos). 23ª edição. Rio de Janeiro: Editora Paulo de Azevedo Ltda., 1954."