Os políticos que se contentam com tapar as fendas de um edifício carcomido, com aplicar aos males que se manifestam remédios de ocasião, com arrastar uma vida inglória de expedientes usados, e, como os mendigos, que em vez de curarem as suas chagas, esmolam mostrando-as e vivem delas, preferem interessar a simpatia pública expondo as úlceras do Estado a cicatrizá-las com dor ou amputar até as raízes da vida os membros afetados, esses podem falar da escravidão como de um vício orgânico, ou constitucional, e dizer que é preciso deixar ao tempo em gerações sucessivas a tarefa de eliminá-la da natureza do país.