O Tibete é uma vasta Tebaída misteriosa. Um terço de sua população é de lamas – monges miseráveis e repulsivos, vestidos de trapos de mortalhas, meio idiotas e errantes de mosteiro em mosteiro, de povoado em povoado, ou à toa, pelos descampados, a pregarem, alucinadamente, a extinção da personalidade, o dogma do desespero e o tédio universal da vida: enquanto os dois terços restantes se abatem aniquilados, inteligências mortas sob o fardo de deuses e de mundos e de kalpas seculares da mitologia formidável, que as estonteia e que as esmaga...