O universo todo é pensamento.

Tudo que está no universo, está também na alma do homem. Por isso sentimos ondas morrendo em nós, e estrelas desaparecendo em nossa treva.

O nascer e o pôr do sol, a rota da lua e das estrelas, a transformação das cores e das sombras, a alvura e a irisação das nuvens e, no mar, a vida tão caprichosa e tão trágica das vagas, a meiguice e a loucura dos ventos, tudo isso cria a cada instante um quadro novo para os habitantes das planícies ou das praias.

Vivemos agonicamente uma civilização que também desaparece. Nosso pulso e o pulso do mundo batem juntos num ritmo desordenado, como que mandando às estrelas o último apelo antes da noite definitiva.