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Inacreditável

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Atualizado às 15:35

Era algo como São Tomé, se não tivessem documentado, com foto e tudo mais, não dava para acreditar. Pois não é que o juiz Federal Flávio Roberto de Souza, responsável pelos dois processos penais em que Eike Batista é acusado de manipulação de mercado e de uso de informação privilegiada, foi flagrado dirigindo um Porsche do empresário ? O magistrado foi surpreendido chegando com o veículo no fórum. Ofício revela que ele teve a pachorra de pedir autorização ao Detran para que os carros de Eike ficassem à disposição da JF. À revista Veja, o juiz disse que não havia vagas no pátio da Justiça Federal para todos os carros apreendidos. Por isso, bonzinho, pegou os dois mais caros e estacionou nas vagas cobertas do prédio onde mora (!).

Piadas do Facebook - I

Agora sim deu para entender a expressão trânsito em julgado.

Piadas do Facebook - II

Isso é que é juiz levar trabalho para casa.

Piadas do Facebook - III

Só falta agora a Luma.

E agora José ?

Após a repercussão do fato, a corregedoria do TRF da 2ª região decidiu apurar a condução, digo, conduta do juiz Flávio Roberto. O procedimento será engatado hoje.

Leilão

O tal Porsche de Eike seria leiloado amanhã junto com mais cinco carros. Sem citar o ocorrido com o juiz Flávio Roberto, o desembargador Federal Messod Azulay, da 2ª turma especializada do TRF da 2ª região, deferiu o pedido da defesa e determinou a suspensão dos leilões. O magistrado considerou que as datas devem ser adiadas para que seja garantido o direito ao contraditório e à ampla defesa do réu.

Atração fatal

Já estava estranho o juiz apreender bens no início do processo. Já estava estranho ele dar declarações criticando a opulência da família de Eike. Já estava estranho ele querer leiloar bens antes de julgar. Já estava tudo muito estranho. E era nítido que algo estava errado. Mas todo mundo foi assistindo impassivelmente, porque quando um Mike Tyson cai no ringue, o momento é de aplaudir. Ademais, o magistrado incorporava no imaginário popular um Robin Hood tupiniquim. Vê-se, o que já se sabia, que não era nada disso. E Freud explica essa obsessão.