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Homenagem a José Manoel de Arruda Alvim Neto

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Atualizado às 08:28

O professor e sócio do escritório Almeida Guilherme Advogados Associados, Luiz Fernando do Vale de Almeida Guilherme, homenageou, no IASP, o querido professor José Manoel de Arruda Alvim Neto com o seguinte texto, declamado na noite de ontem.

"Muita emoção! Complexo demasiado! Quem sou eu para ser o portador de tal honraria? Mas tentarei não deixar tudo aos pobres como dizia Rabelais.

Que dificuldade reconhecer quem é o maior: O Doutor Desembargador, o Advogado, o Empresário, Jose Manoel de Arruda Alvim Netto, ou o amigo, o Professor, o homem, o ex-chefe, Arruda Alvim. Que confusão.

Sim, porque graciosamente carreira jurídica e vida pessoal nele se confundem, inclusive, não se sabe se mora no escritório, ou trabalha em casa. A retidão e a amizade são ingredientes presentes em sua vida, em conversas que se transformam em aulas ou reflexões académicas. Inclusive, com o respeito e admiração que trata os filhos Eduardo e Teresa, ou somente, Dudu e Didi. Dudu também ex-chefe e muito amigo. Casado com Angelica a qual sempre admirou muito Dr. Alvim e sempre parceira de suas obras de direito civil; ja a Didi, como e carinhosamente chamada pela família e amigos, minha ex-professora da graduação, a qual sempre transbordou em sala de aula a admiração pelos pais.

Nada mais elementar quanto todos os agradecimentos e homenagens a serem prestadas hoje aqui no IASP, e sempre a justa homenagem no coração de cada um aqui. Neste ato, quando feitos na forma que mais o notabilizou: sob a reunião de pensamentos em prol do direito civil mas, acima de tudo, em favor de uma sociedade mais equilibrada e justa. Assim, colegas do universo jurídico foram honrados ao poderem depositar algumas palavras e pensamentos expostos em conjunto, na humilde tentativa de aplaudir e acarinhar o doce amigo Jose Manoel.

Infelizmente, porém, jamais haverá reunião suficiente para comportar toda homenagem a que faz jus o querido colega. Ficam, portanto, o nosso esforço, a nossa pretensão e o desejo de devolver a todos, aquilo que em favor de todos realizou o maestro Alvim.

Professora Thereza Alvim, mãe, amiga e companheira inseparável, me pediu para que traduzisse algumas palavras do nosso sentimento por ele, já que seria impossível descrever o amor que ela sente pelo marido Alvim. As poucas, professora e sempre querida chefe, me uso das que meu pai, colega de Tribunal do ora homenageado, uma certa vez utilizou e penso que não há melhor definição para caracterizar a pessoa única, o jurista, amigo, pai, marido e avô. Arruda Alvim é único e como ele duas passagens de Cantigo Negro de Jose Regio:

Se vim ao mundo, foi

só para desflorar florestas virgens,

e desenhar meus próprios pés na areia inexplorada o mais que faço não vale nada.

Ah, ninguém me dê piedosas intenções

Ninguém me peca definições

ninguém me diga: vem por aqui!

E uma onda que se levantou.

E um átomo a mais que se animou...

Não sei para onde vou,

não sei para onde vou,

Sei, que não vou por aí.

Obrigado Alvim!"