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Editorial

É surreal a guerra que a instituição paralegal da Lava Jato vem travando com o comando da PGR e do STF.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Atualizado às 11:25

É surreal a guerra que a instituição paralegal da Lava Jato vem travando com o comando da PGR e do STF. 

Na última sexta-feira, num esquema típico de pistolagem, saíram notícias (requentadas) com acusações contra o ministro Toffoli e o procurador Augusto Aras. 

A mídia abalizada não "comprou" essas bobagens que insistentemente alguns doutores (já devidamente identificados) tentaram "vender", como se fosse coisa de outro mundo. Os veículos sérios viram que ali havia apenas uma vindicta. 

A pergunta que se faz é: se essa pseudo-instituição tem a petulância de agir à socapa, com métodos guerrilheiros, contra o presidente do STF, o que fazem contra o cidadão comum? 

É preciso entender que a força-tarefa da Lava Jato foi importantíssima para a história do país. Descobriu-se um modus operandi de corrupção gigantesco, e que ajudou, se não a limpar, ao menos a diminuir os métodos criminosos que estavam enraizados nas coisas públicas. 

Isso, no entanto, não dá direito a seus integrantes de se acharem donos da lei e da ordem. 

O esquema de trabalho, com participação conjunta da receita e de outros órgãos, foi valioso e deve ser repetido em outras ocasiões e situações que demandem esse agir extraordinário. Aliás, os chefes das forças-tarefas deveriam ser responsáveis por montar essa cartilha, dizendo o que deu certo e o que deu errado. Eis aí uma boa função para eles. 

Sim, devem ter outra incumbência, porque como chefes da Lava Jato não serão mais. Com efeito, em tudo na vida há o alfa e o ômega. É chegada a hora de acabar com essa "instituição" que está pretendendo se transformar num Estado paralelo. E, mal sabem seus integrantes, acabar em benefício deles próprios, porque a senda que estão pegando irá os levar a um triste destino (ah, pudéssemos falar o que sabemos...).

Mas encerrar também porque, como é cediço, o trabalho que envolve a Petrobras já diminuiu, não sendo necessário manter-se o custo (sim, custa dinheiro) altíssimo da força-tarefa. Aliás, esperamos não ter que entrar nesse diapasão, porque ao mostrar o quanto de extra alguns receberam, pode não ficar bonito perante a opinião pública que eles tanto prezam.

Por fim, ao se extinguir a força-tarefa, não se extinguirá o mister dos procuradores contra a corrupção. Claro que não. Eles continuarão a ser procuradores da República, investidura importantíssima para o Estado brasileiro. E, como tal, seguirão trabalhando normalmente. Como exemplo, há o "covidão" que se trata de algo gravíssimo, desviando dinheiro que poderia salvar pessoas. Sem falar nas rachadinhas, em todos os Estados da Federação. Como se vê, serviço não lhes faltará, procuradores.