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Diretor-executivo do IGD - Instituto Geodireito, Ugeda Sanches, é o relator da Comissão de Infra-Estrutura do Senado

Melhorar a qualidade do ensino em todos os níveis, com a oferta de incentivo fiscal a empresas que investem em qualificação profissional, sobretudo na área de engenharia, e estímulo ao ensino à distância e a parcerias internacionais entre as universidades e centros de pesquisa. Essas foram algumas das 118 sugestões apresentadas durante o ciclo de debates Agenda Desafio 2009-2015 - Recursos Humanos para Inovação e Competitividade, realizado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) ao longo deste semestre.

Da Redação

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Atualizado às 08:36

Propostas

Diretor-executivo do IGD - Instituto Geodireito, Ugeda Sanches, é o relator da Comissão de Infra-Estrutura do Senado

Melhorar a qualidade do ensino em todos os níveis, com a oferta de incentivo fiscal a empresas que investem em qualificação profissional, sobretudo na área de engenharia, e estímulo ao ensino à distância e a parcerias internacionais entre as universidades e centros de pesquisa. Essas foram algumas das 118 sugestões apresentadas durante o ciclo de debates Agenda Desafio 2009-2015 - Recursos Humanos para Inovação e Competitividade, realizado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado ao longo deste semestre.

Os debates foram encerrados na última segunda-feira, 7/6, com a realização de uma audiência pública para consolidar os temas abordados nas últimas 12 reuniões. As sugestões agora serão reunidas em um relatório final que, em breve, será encaminhado aos representantes dos diversos setores participantes das discussões a serem retomadas no segundo semestre.

"Todo o trabalho que realizamos nos últimos meses vem demonstrar a preocupação por parte da iniciativa privada e do mundo acadêmico de fazermos um enorme esforço para capacitar a mão-de-obra já formada", afirmou o presidente da CI, senador Fernando Collor (PTB/AL).

Sugestões

Entre as sugestões encaminhadas estão a de envolver empresas e entidades de classe na definição das diretrizes curriculares do Ministério da Educação, com base nas necessidades do mercado; a de implantar um programa específico de incentivo à participação da mulher nas áreas tecnológicas e de engenharia; a de implementar curso de qualificação de professores com foco no conhecimento prático; a de incrementar políticas de cursos de nível técnico e a de ampliar o acesso de jovens a cursos técnicos e universidades.

Também foram sugeridas a abertura de novas frentes de especialização na área de Direito, com enfoque nos setores mineral, saneamento e comunicações, entre outros; o apoio à formação de centros de pesquisa vinculados a universidades e fomentados por empresas privadas e a inclusão, nos editais para construção de hidroelétricas, da exigência de criação de escolas técnicas nas regiões próximas ao empreendimento, com prioridade na contratação de trabalhadores que residam na localidade.

Ciência e ética

Nesta última audiência pública, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, reiterou que o maior problema do Brasil na formação de recursos encontra-se na educação básica, sobretudo no ensino de matemática e ciências. Esta é causa, em sua avaliação, das deficiências verificadas na formação de engenheiros, seja no nível da graduação ou pós-graduação.

Já o assessor da Novacap, Wilson Lang, disse que a ética também precisa ser levada em conta na solução dos principais problemas do país. Segundo ele, é preciso mudar a essência dos brasileiros, para que o mais comum dos cidadãos tenha integridade e respeito às leis, amor pelo trabalho, desejo de superar obstáculos e pontualidade. A Novacap é empresa pública de economia mista do governo do Distrito Federal responsável pela execução de obras de interesse do DF.

Para o diretor-presidente da Aker Solutions do Brasil, Marcelo Taulois, o grande desafio do país está em ajustar a velocidade da formação de recursos humanos à demanda do mercado. Ele sugeriu ampliar os incentivos à formação de tecnólogos e a criação de uma nova carreira para não acadêmicos, como forma de aproveitar a experiência prática de profissionais fora do mercado.

Internet móvel

Para o presidente da Vivo, Roberto Lima, que destacou a importância futura da internet móvel, o Brasil tem um potencial extraordinário para ser um fornecedor mundial de software, tendo em vista a experiência já demonstrada no setor, aliada à criatividade dos pesquisadores.

O professor de pós-graduação do Programa de Planejamento Energético da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador executivo do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), da universidade, Marcos Freitas, defendeu a regulamentação do pagamento de royalties às populações indígenas, como pagamento pela exploração de recursos naturais, que já ocorre nos Estados Unidos e no Canadá.

"(Os royalties) poderiam ser usados na capacitação (dos índios), sem perda da cultura tradicional. É preciso uma regulamentação mais clara de recursos em terras indígenas", afirmou.

Já o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, defendeu o fortalecimento das parcerias público-privadas e a utilização do programa Interlegis no ensino à distância em áreas carentes, como forma de recuperar as deficiências do ensino em todos os níveis.

Transporte

O presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, ressaltou que as grandes metrópoles brasileiras precisarão repensar o transporte público, como forma de reduzir os congestionamentos atuais e melhorar a qualidade de vida da população.

"A engenharia precisa se debruçar sobre a questão urbana, a questão social, a questão do meio ambiente", afirmou.

O coordenador-executivo do Portal de Qualificação Profissional (Prominp), José Renato P. Almeida, manifestou apoio a todas as sugestões, mas ressaltou que o Brasil precisa equilibrar as metas de curto e longo prazo.

"Precisamos ter visão de longo prazo, mas sobreviver nos próximos cinco anos. Se não atendermos como brasileiros a demanda, vamos trazer chinês, hindu, peruano. É fundamental termos o senso de urgência", afirmou.

A audiência pública também contou com a participação do ex-reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Michal Gartenkraut, e do diretor-executivo do IGD - Instituto Geodireito, Luiz Antonio Ugeda Sanches, que será o autor do relatório final das audiências públicas realizadas pela CI.

Ugeda Sanches adiantou que identificou quatro grupos que sintetizam todas as sugestões apresentadas, as quais poderiam constar de um futuro projeto de lei para discussão no Congresso Nacional : criação de uma política nacional de recursos humanos nos setores de infraestrutura; atendimento ao binômio interdisciplinaridade-regionalização, para que as áreas tecnológicas comuniquem-se com os demais ramos do conhecimento visando o desenvolvimento regional; estruturação da governança institucional e enfoque na questão do custeio das propostas e do repasse das verbas a ela destinadas.

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