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Corregedoria investiga caso em que crianças e juiz foram baleados durante blitz policial no Rio

Segundo informações divulgadas pelos jornais, o juiz substituto Marcelo Alexandrino da Costa Santos, da 4ª vara do Trabalho de Duque de Caxias, tentou retornar ao ver uma blitz da Polícia Civil e teve o seu carro, um Kia Cerato, baleado com tiros de fuzil.

Da Redação

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Atualizado às 08:48


Grajaú-Jacarepaguá

Corregedoria investiga caso em que crianças e juiz foram baleados durante blitz policial no Rio

Segundo informações divulgadas pelos jornais, o juiz substituto Marcelo Alexandrino da Costa Santos, da 4ª vara do Trabalho de Duque de Caxias, RJ, tentou retornar ao ver uma blitz da Polícia Civil e teve o seu carro, um Kia Cerato, baleado com tiros de fuzil.

De acordo com sua mulher, que também estava no veículo, Sanny Lucas, o magistrado teria achado que a blitz era falsa. Ainda segundo Sanny, ao tentar fazer o retorno, o carro foi atingido por tiros. Além do juiz, também foram baleados sua enteada, Natália, e seu filho Diego. Conforme informação dada pelo chefe da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, os policiais envolvidos na blitz poderão ser exonerados. Segundo ele, os policiais que participavam da operação foram afastados até a conclusão das investigações.

"Se eles apenas erraram ao atirar, a punição será severa. Mas, se for comprovado que mentiram, serão exonerados, pois é caso de desvio de caráter", disse, acrescentando que policiais, por terem porte de arma, precisam ser cautelosos ao agir, evitando arriscar vidas. "Sempre que há inocente baleado, há erro".

O chefe da Polícia Civil, que visitou o magistrado e conversou com seus parentes, diz que o próximo passo é colher o depoimento oficial do juiz. Ele explica que também esteve no local do tiroteio, onde foram encontrados fragmentos de balas.

Allan garantiu ainda que a blitz que assustou o juiz não era falsa. Segundo ele, a ação fazia parte da Operação Duas Rodas, que ocorria simultaneamente em diversos pontos do Estado.

O tenente-coronel Djalma Beltrami, comandante do 18º BPM (Jacarepaguá), disse domingo que, como acontece rotineiramente, havia um carro da PM próximo ao local na hora em que o juiz foi baleado, mas que a presença de um segundo veículo com criminosos é desconhecida pelos policiais militares que estavam na patrulha. Segundo ele, quando a PM chegou ao local, toda a ocorrência havia sido assumida pelos policiais civis, e nenhuma colaboração foi solicitada para o cerco e a localização de um suposto segundo veículo de cor escura. Domingo, o delegado adjunto da 41ª DP (Tanque), Antonio Bertrand, não quis dar entrevistas.

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Foto : Marcelo Piu

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