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Oportunidades de negócios nos próximos anos impulsiona expansão de escritório

O advogado Wilson Pinheiro Jabur, do escritório Salusse Marangoni Advogados, comenta as novas estratégias do escritório de advocacia.

Da Redação

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Atualizado às 08:03


Novas áreas

Oportunidades de negócios nos próximos anos impulsiona expansão de escritório

O advogado Wilson Pinheiro Jabur, do escritório Salusse Marangoni Advogados, comenta as novas estratégias do escritório de advocacia.

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Escritório privilegia direito ambiental e administrativo

Salusse Marangoni Advogados prevê novas contratações em 2011 após registrar crescimento de 20% em pessoal e 14% em faturamento

Andréia Henriques

O escritório paulista Salusse Marangoni Advogados, tradicional referência em direito tributário, está jogando suas fichas em duas áreas do direito: administrativo e ambiental. "Estamos fazendo projetos para crescer com qualidade e esses segmentos são nossas apostas de crescimento", afirma o sócio Wilson Pinheiro Jabur. Outro importante foco nos próximos cinco anos é o Rio de Janeiro, por conta das Olimpíadas de 2016, estratégia de diversos escritórios. A filial da banca no Estado ganhou o reforço de um profissional que ficava na sede para atender demanda em imobiliário, contratos e assuntos ligados à construção.

São 115 advogados, sete sócios e um cadastro de 1.700 clientes. O escritório, fundado em 1992, prevê aumento nas contratações em 10% no primeiro semestre de 2011. Há cerca de dez anos, ele foi pioneiro em utilizar head hunters (os "caça talentos") para buscar profissionais no mercado aptos a desenvolver novas áreas - técnica que deve ser novamente aplicada na formação do setor administrativo e ambiental.

O Salusse Marangoni tem forte atuação no contencioso de massa, com ações repetitivas na área de direito do consumidor. São 20 empresas de telefonia, sites de compras, máquinas e computadores em um setor que representa hoje 20% do escritório. Sem esse segmento, os casos da banca estão divididos em 60% de consultivo e o restante com contencioso.

De 2009 para 2010 registrou-se crescimento de 20% de pessoal (jurídico e administrativo) e 14% no faturamento - puxado principalmente pela área tributária. Há previsão de que fusões e aquisições também cresçam neste ano.

O escritório nasceu com a estratégia de atender a empresas nacionais, de médio porte, algo que foi sendo flexibilizado. "Muitos dos nossos clientes ou compraram ou foram comprados. Foi uma série de consolidações pelas quais as empresas passam e que somos afetados. Hoje nosso perfil ultrapassa a limitação para atender grandes empresas", diz Jabur.

Cerca de 85% dos clientes são empresas nacionais. "Sentimos que é cada vez mais preciso ter um grau de especialização em cada uma das subáreas, para atender à demanda das empresas por atendimento de qualidade", afirma o advogado.

Segundo ele, 2011 será também focado no contencioso e no consultivo sofisticado - que agregue valor e traga soluções que não sejam só tecnicamente corretas, mas que consigam resolver o problema do cliente. "Vamos buscar um crescimento de qualidade, com mais profissionais e a expansão das duas áreas", diz o sócio.

A expansão, no entanto, não prevê incorporações ou fusões com outros escritórios. "Podemos agregar profissionais que venham com equipe e clientes. Queremos manter um crescimento orgânico", diz Jabur. Para ele, é uma incógnita se o escritório pretende ser de grande porte. "Pretendemos crescer saudável e sustentavelmente, na medida da demanda e novos clientes."

A longo prazo, a ideia é que a banca se institucionalize como referência e não seja passageira e se esgote na figura dos fundadores. No ano passado, o advogado Karl Neumann saiu da sociedade.

Debates

Wilson Jabur afirma que em sua área de atuação, propriedade intelectual e tecnologia da informação, algumas das questões mais básicas continuam sendo as mais repetidas, como o auxílio na inovação e delineamento de uma proteção eficaz.

"Alguns profissionais atuam achando que é algo burocrático. Nosso objetivo é fazer uma gestão estratégica de ativos intelectuais, aconselhar como proteger o know how, os contratos de confidencialidade, auxiliar em pesquisa e desenvolvimento. Clientes que passaram a ser atendidos por nós sentem a diferença."

Segundo ele, alguns escritórios fazem com que as empresas gastem dinheiro desnecessariamente. "Não precisa proteger a marca no mundo inteiro, precisa no mercado onde vai atuar. É preciso focar no que é realmente importante e potencialmente danoso para a empresa, e não brigar contra tudo e contra todos."

O combate à pirataria também é uma constante, especialmente a cibernética. Só no ano passado o banco Bradesco, cliente do escritório, fez mais de 20 procedimentos arbitrais para recuperar nome de domínio na Internet.

O advogado cita a mudança na lei de direitos autorais como outra forte questão da área. "Nossa lei tem hoje alguns descompassos evidentes com a internet. É preciso mudar a proteção ampla ao autor e regular a produção sob encomenda. Buscar equilíbrio, limites e flexibilização reclamada por uma parte dos autores."

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Fonte : DCI

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